Erdogan adverte que ofensiva na Síria pode afetar tropas dos EUA
O Presidente da Turquia, Recep Tayyp Erdogan, advertiu hoje que a ofensiva militar turca no norte da Síria, contra as milícias curdas, poderá afetar as tropas norte-americanas na zona que apoiam esses grupos.
© Reuters
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"Obviamente não os atacaremos de forma intencional (as tropas dos EUA), mas eliminaremos todos os terroristas que virmos. É melhor darem-se conta de que não será bom permanecer ao lado dos terroristas", disse Erdogan, durante um discurso em Ancara.
Erdogan referia-se assim às milícias curdo-sírias Unidades de Proteção do Povo (YPG), aliadas dos Estados Unidos na sua luta contra o grupo Estado Islâmico (EI), mas que a Turquia considera terroristas.
A 20 de janeiro passado o exército turco iniciou uma ofensiva no enclave curdo-sírio de Afrine para expulsar as milícias curdas YPG que a Turquia considera terroristas e aliadas da guerrilha do PKK que enfrenta o Estado turco há mais de 30 anos.
"Se uma organização terrorista ataca um país aliado, como membro da NATO (EUA) deve opor-se", assinalou o Presidente turco, acrescentando depois que "os Estados Unidos não são a NATO".
Erdogan advertiu ainda para a possibilidade de uma intervenção militar no Chipre e no Mar Egeu para proteger os direitos do seu país na zona, da mesma maneira que está a ser feito na Síria.
"Os nossos direitos no Mar Egeu e Chipre são para nós a mesma coisa que Afrine. Os nossos barcos de guerra e a nossa Força Aérea estão a acompanhar a situação de perto para realizar qualquer tipo de intervenção", afirmou.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, visitará esta quinta-feira Ancara para debater com as autoridades turcas os distintos pontos de fricção entre os dois países, aliados da NATO.
Tillerson irá reunir-se com Erdogan e com o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu.
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