"Decidimos financiar alimentos e medicamentos para a Coreia do Norte", através da UNICEF, naquele que será o primeiro envio governamental de assistência desde o início do mandato da Presidente sul-coreana, Park Geun-hye, em fevereiro, acrescentou à agência noticiosa espanhola EFE uma porta-voz do ministério.
A ajuda governamental será integrada num pacote de 5,5 milhões de euros, sendo o resto do dinheiro doado por cinco organizações não-governamentais (ONG) privadas sul-coreanas.
A porta-voz disse que Seul está a finalizar os "procedimentos necessários" para conseguir "luz verde" e o envio deverá ser confirmado oficialmente nos próximos dias.
Esta decisão surge numa altura em que Seul procura iniciar um novo diálogo com Pyongyang para negociar a reabertura do complexo industrial conjunto de Kaesong, único projeto intercoreano existente até que, em abril, o regime de Kim Jong-un decidiu o encerramento unilateral.
O Governo sul-coreano continua a fazer uma avaliação separada da ajuda humanitária ao Norte, independentemente da conjuntura política na península coreana.
Nos últimos anos, a Coreia do Sul, que no passado entregou generosos contingentes de ajuda ao vizinho do Norte, limitou os envios de ajuda humanitária devido à deterioração das relações bilaterais e aos episódios de tensão que os dois países já enfrentaram.
No ano passado, 16 ONG do Sul entregaram 125 milhões de euros em ajuda ao Norte, tendo o Governo sul-coreano canalizado, através de organizações privadas, mais 16 milhões de euros em assistência, de acordo com o Ministério da Unificação sul-coreano.
A Coreia do Norte sofre uma continuada crise económica, desde os anos 1990, que leva o país a depender de ajuda externa para alimentar a população.
No final da Guerra da Coreia (1950-53), Norte e Sul assinaram um armistício, mas nunca um tratado de paz, motivo pelo qual os dois vizinhos continuam tecnicamente em guerra.