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Paris vai ser palco do Congresso da Francofonia e da Lusofonia

Paris vai acolher o primeiro Congresso da Francofonia e da Lusofonia, entre quarta e sexta-feira, no qual vai ser inaugurado o Instituto do Mundo Lusófono.

Paris vai ser palco do Congresso da Francofonia e da Lusofonia
Notícias ao Minuto

11:25 - 05/12/17 por Lusa

Mundo Programa

O congresso vai realizar-se na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), na Universidade Sorbonne, no Senado e no Institut d'Études Avancées de Paris e é organizado por Isabelle de Oliveira, diretora da Faculdade de Línguas Estrangeiras Aplicadas da Universidade Sorbonne-Paris III.

"Os objetivos deste congresso são reunir decisores do espaço lusófono e francófono, fomentar debates entre os diferentes agentes da cooperação linguística, cultural, política, económica, educacional, mas também promover a partilha de recursos das redes francófonas e lusófonas", explicou à Lusa Isabelle de Oliveira.

A inauguração do Institut du Monde Lusophone [Instituto do Mundo Lusófono], criado em finais de 2015, é um dos momentos principais do congresso, ainda que, por enquanto, se trate apenas de uma plataforma digital cuja sede física, em Paris, deverá ser inaugurada "daqui a um ano".

"O seu berço é a cidade de Paris, daí a sua sigla ser IMLus porque é para irradiar um pouco de luz para a lusofonia. Pela primeira vez, temos uma vitrina à semelhança de outros grandes institutos já conhecidos em Paris, como o Instituto do Mundo Árabe", continuou Isabelle de Oliveira.

A plataforma "quer uma lusofonia progressista, moderna, renovada" e "trabalhar uma política da língua", tendo, para já, "parceiros económicos, universidades, agentes da cultura dos países lusófonos" e pretendendo, também, "trabalhar em cooperação com a francofonia".

O congresso começa na quarta-feira com uma jornada dedicada à biodiversidade, na UNESCO, e a programação conta, por exemplo, com Maria Fernanda Rollo, secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Helena Freitas, coordenadora das atividades da Cátedra UNESCO em Biodiversidade e Conservação para o Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Coimbra, e Susana Carvalho, primatóloga da Universidade de Oxford e diretora do Projeto Paleo-primata da Gorongosa, em Moçambique.

Na quinta-feira, na Sorbonne, vai ser inaugurado o Instituto do Mundo Lusófono e estão previstas intervenções, nomeadamente, de Maria do Carmo Silveira, secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e Maria Fernanda Rollo, secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

À tarde, estão programadas mesas redondas intituladas "Francês, Português: línguas de inovação científica numa perspetiva de internacionalização da investigação", com os deputados portugueses Maria Augusta dos Santos e Alexandre Quintanilha, "As políticas de educação no universo francófono e lusófono: perspetivas de evolução para o futuro" e "Artes, Desportos e outras atividades integradoras e valorizantes", com nomes como o selecionador Fernando Santos, o jornalista e escritor José Rodrigues dos Santos e o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado.

Na sexta-feira, no Senado, vão realizar-se três mesas redondas sobre "Inteligência Económica: vetor de desenvolvimento e de cooperação internacional", "Diplomacia Cultural: uma mais-valia num mundo em transformação" e "Panorama da imprensa e dos media no mundo francófono e lusófono".

Nesse dia, estão programados os nomes do ex-presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso, da presidente da região Île-de-France, Valérie Pécresse, do vice-presidente da Assembleia da república José Manuel Pureza e de vários diretores de órgãos de comunicação social portugueses.

Também na sexta-feira, no Institut d'études avancées de Paris, no Hôtel de Lauzun, estão programadas as seguintes mesas-redondas: "Que estratégia política entre os espaços linguísticos nos organismos internacionais", "Como é que o cruzamento das línguas alimenta a criação literária", "As diásporas como ator: reflexões sobre uma 'geografia líquida'", "A Igualdade entre Mulheres e Homens na Vida Política e Social" e "A edição e os desafios do digital: oportunidades, obstáculos e perspetivas de futuro".

Entre os nomes programados estão, por exemplo, os escritores luso-americano Richard Zimler, o moçambicano Germano Vera Cruz, o angolano Manuel Rui Monteiro e o português Mário Máximo, assim como os antigos ministros portugueses Maria de Belém Roseira e João Soares.

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