A Candidatura de Unidade Popular (CUP), partido independentista de extrema-esquerda, decidiu este domingo que vai concorrer às eleições autonómicas na Catalunha.
Apesar de considerar as eleições “ilegítimas”, uma vez que foram convocadas por Mariano Rajoy depois de aplicado o artigo 155.º da constituição espanhola, a CUP decidiu que vai concorrer sozinhas às eleições, uma candidatura “de ruptura das esquerdas”.
O partido reuniu-se em assembleia este domingo e votou a proposta de concorrer às eleições. 91,63% dos membros do partido votaram pelo “sim” à participação nestas eleições.
Embora concorra sozinha às eleições de 21 de dezembro, a CUP admite que poderá integrar pessoas externas ao partido, uma vez que pretende uma candidatura “tão ampla quanto o possível”.
L'#ANECUP decideix concórrer a les eleccions il·legítimes del #21D i liderar una candidatura el més àmplia possible, clarament rupturista, independentista i d'esquerres. Resultats:Sí 91,63%No 7,83%Blancs 0,36%Nuls 0,18% pic.twitter.com/VbG1rD3Llo
— CUP Països Catalans (@cupnacional) November 12, 2017
Desta forma, a CUP segue o mesmo trajeto que a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), que ontem anunciou que também vai concorrer com um projeto próprio às eleições. Oriol Junqueras, vice-presidente da Generalitat destituído, que está preso, é o cabeça de lista do partido, que deixa o PDECat, de Carles Puigdemont, de fora da candidatura.
As sondagens colocam o partido do líder destituído da Generalitar, que está em Bruxelas, em quarto lugar. A ERC, por seu lado, surge em primeiro. Uma das principais incógnitas é perceber se as forças independentistas mantêm a maioria no parlamento catalão, o que será decisivo para o futuro da região.
Também este domingo, o primeiro-ministro espanhol foi a Barcelona, pela primeira vez desde que o referendo de 1 de outubro, para apoiar a candidatura do Partido Popular. Apelou para que a “maioria silenciosa e silenciada converta a sua voz em voto” nas eleições regionais.