"O posto fronteiriço foi entregue às autoridades governamentais iraquianas", afirmou o chefe do governo turco, Binali Yildrim, num discurso em Ancara transmitido pela televisão.
"A partir de agora, os controlos serão feitos pela Turquia e pelo Iraque. Do lado turco, em Habur, pelas nossas autoridades. Do lado iraquiano, onde o ponto de passagem se chama Ibrahim al-Khalil, por responsáveis iraquianos enviados por Bagdad", acrescentou.
As agências noticiosas turcas Anadolu e Dogan noticiaram que forças iraquianas, acompanhadas por militares turcos, chegaram ao posto de Ibrahim al-Khalil a partir de território turco, onde estiveram nas últimas semanas em exercícios militares conjuntos.
A declaração turca foi contudo negada pouco tempo depois pelo responsável curdo pela fronteira, Abdul Wahab Mohammed, que assegurou que "nenhum iraquiano entrou ou assumiu o controlo" da passagem de Ibrahim al-Khalil.
Segundo Mohammed, citado pela Associated Press, houve apenas um breve encontro entre o Chefe do Estado-Maior do Exército iraquiano, Othman al-Ghanmi, com comandantes militares turcos do lado turco da fronteira.
O diretor de fronteiras do Curdistão, Samal Abdelrahman, negou igualmente a declaração da Turquia, afirmando à agência EFE que "a passagem continua sob controlo do governo da região do Curdistão e o tráfego decorre com normalidade, como todos os dias".
O controlo da fronteira é uma das questões mais sensíveis desde o contestado referendo sobre a independência do Curdistão iraquiano de 25 de setembro.
O Governo de Bagdad exigiu que o controlo de todas as fronteiras fosse feito pelas autoridades federais e chegou a suspender todos os voos internacionais a partir de ou para a região autónoma curda.
A Turquia, por seu lado, ameaçou várias vezes fechar a sua fronteira com o Curdistão iraquiano.
