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Cruz Vermelha faz 154 anos. Décadas de retratos de cenários de conflito

A Cruz Vermelha internacional faz hoje 154 anos - um período dedicado a garantir a proteção e a assistência às vítimas de conflitos armados e de tensões.

Cruz Vermelha faz 154 anos. Décadas de retratos de cenários de conflito
Notícias ao Minuto

07:00 - 29/10/17 por Notícias Ao Minuto

Mundo Ajuda humanitária

Ao longe ouve-se o som das hélices de um helicóptero que se aproxima. Traz consigo explosivos que serão detonados e deixarão apenas um rasto de destruição naquela que outrora foi uma aldeia onde tantas e tantas vidas encontraram um ‘porto seguro’. Ao ouvir o helicóptero, os moradores fogem e deixam tudo para trás – não são apenas bens materiais que ali ficam, mas também a esperança num futuro promissor.

A explosão. Não se registaram vítimas mortais, mas sete pessoas ficaram feridas com gravidade quando tentavam escapar.

Esta é a descrição de um cenário de guerra no norte Síria, ilustrado com imagens na plataforma da Cruz Vermelha. Mas poderia ser o retrato de qualquer outro destino de conflito. A localização geográfica muda, os meios militares também, mas o resultado é similar: mortos, feridos e destruição.

E é nestes panoramas de devastação que a Cruz Vermelha faz a diferença.

Esta organização, fundada em Genebra, na Suíça, assinala hoje 154 anos – um período dedicado a garantir a proteção e a assistência às vítimas de conflitos armados e de tensões. Para tal, realiza ações diretas um pouco por todo o mundo, incentivando a aplicação do Direito Internacional Humanitário.

A história da Cruz Vermelha internacional caminha, inevitavelmente, de mãos dadas com o retrato do desenvolvimento da ação humanitária, das Convenções de Genebra, do Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

Uma organização independente

Fundada por iniciativa de Jean Henri Dunant, a Cruz Vermelha internacional define a sua atuação por uma política neutra porque, de acordo com os especialistas, só assim esta pode atuar de forma independente em relação a qualquer governo, lutando pelos direitos das vítimas de conflitos.

Com 12,3 mil funcionários, a Cruz Vermelha marca presença em mais de 80 países através de delegações, subdelegações, escritórios e missões.

A dignidade das vítimas de guerra constitui o centro da missão humanitária da Cruz Vermelha, no entanto a sua ação estende-se à proteção de prisioneiros militares e dos detidos civis em situações em que sejam violados os Estatutos dos Direitos Humanos, preocupando-se ainda com a melhoria das condições de detenção, com a garantia do suprimento e com a distribuição de alimentos para as vítimas civis de conflitos. Além disso, promove também a assistência médica em acampamentos de refugiados ou detidos.

A Cruz Vermelha na Síria

Mais de seis anos de conflito armado e de violência traduzem-se em morte e destruição na Síria. Onze milhões de pessoas tiveram de sair das suas casas em busca de segurança, muitas delas crianças.

No último ano, as equipas da Cruz Vermelha internacional realizaram mais de 50 operações na linha da frente, levando alimentos, água potável e assistência a milhões de pessoas.

De acordo a informação do organismo, graças aos esforços conjuntos com o Crescente Vermelho, “temos conseguido ajudar as pessoas em áreas que poucas organizações humanitárias conseguem chegar”, pode ler-se no site.

A magnitude da crise humanitária da crise na Síria é “maior do que qualquer outra com que nos tenhamos deparado nos últimos 15 anos”.

Neste momento, dadas as circunstâncias, 6,3 milhões de pessoas foram deslocadas da Síria, 5 milhões vivem em pontos de difícil acesso e há 5 milhões de refugiados em países vizinhos.

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