O Monaro, no centro de Ambae, entrou em atividade há várias semanas, mas esta aumentou de intensidade no sábado, quando o vulcão começou a expelir cinzas que já cobriram várias localidades e campos agrícolas no norte e sul da ilha de 400 quilómetros quadrados, indicou o serviço para o Pacífico da Radio New Zeland.
As autoridades de Vanuatu elevaram o alerta em Ambae do nível três para quatro, o que na classificação sobre atividade de vulcões representa uma erupção moderada.
"Até ao momento, o vulcão expeliu cinzas e fumo escuro, bem como um pouco de lava", disse Manuel Amu, presidente da comissão de desastres da ilha, em declarações citadas pela emissora, sublinhando que se trata de "uma emergência muito séria".
As autoridades desta ilha do Pacífico Sul estão a deparar-se com dificuldades na retirada dos habitantes devido à escassez de recursos como água, comida e alojamento para assistir os afetados.
O vulcanólogo Steve Sherburn, especialista da agência governamental neozelandesa GNS, explicou que as fotografias aéreas do vulcão mostram que o Monaro pode ter um efeito devastador na ilha.
"Agora vê-se um cone no lago que está completamente isolado da água. Isto quer dizer que as erupções serão secas e por isso produzirão mais cinzas (...) Isso terá um impacto nas encostas e cultivos", explicou.
Os vulcões de Vanuatu, nove deles ativos, são dos mais acessíveis do mundo e uma das principais atrações turísticas do país.
O mais famoso e popular pelo fácil acesso é o Monte Yasur, na ilha de Tanna, enquanto o Monte Garet, em Gaua, que entrou em erupção em 2009, é potencialmente o mais perigoso, segundo o portal de turismo do país.
O Vanuatu é um arquipélago de 82 ilhas, a maioria desabitadas, assente no Anel de Fogo do Pacífico, uma área de intensa atividade sísmica e vulcânica por ser um ponto de convergência de placas tectónicas.
