Aberto na terça-feira, na presença do antigo presidente ganês Jerry Rawlings, um colóquio reúne durante três dias centenas de cientistas, universitários e militares provenientes de uma dezena de países africanos e europeus para trocarem experiências e análises e identificarem "pistas" contra os atentados e a criminalidade transfronteiriça.
Destacando as "insuficiências" crónicas dos sistemas de defesa e segurança dos países da região, o coronel Denise Auguste Barry, diretor do Centro de Estudos Estratégicos em Defesa e Segurança do Burkina Faso, propôs, na abertura do colóquio, "a aplicação local de um 'Plano Marshal' ou de um programa especial de endividamento enquadrado para permitir que os Estados se equipem de forma apropriada para responder aos desafios de segurança".
Este antigo ministro da Segurança do Burkina Faso também apelou à "elaboração urgente de uma estratégia antiterrorista ao nível dos Estados, ela mesma integrada numa estratégia comum ao nível das comunidades económicas regionais".
Zakaria Ousmane Ramadane, um antigo funcionário da Organização das Nações Unidas, especialista em desenvolvimento, apelou à formulação de "estratégias inovadoras", depois de sublinhar que "o Sahel e a África Ocidental em particular está entre o terrorismo e os traficantes de droga".
Auguste Barry acrescentou que os Estados "necessitam de instrumentos de análise estratégica de antecipação e prevenção das ameaças", considerando que "o tempo da improvisação já passou".
A capital do Burkina Faso foi palco de um atentado terrorista, em meados de agosto, contra um restaurante, que provocou 19 mortos e 21 feridos.
O Burkina Faso, o Mali e o Níger são afetados com frequência por atentados terroristas.