O monge terá ateado fogo a si próprio numa praça pública em Kardze, localidade também conhecida como Ganzi, na província de Sichuan, de acordo com a organização não-governamental (ONG) Free Tibet, com sede no Reino Unido.
O homem foi levado pelas autoridades de seguida, não se sabendo se terá sobrevivido.
De acordo com a agência noticiosa Associated Press (AP), uma pessoa que atendeu o telefone na esquadra de polícia local afirmou desconhecer o caso.
Um vídeo, alegadamente do incidente, difundido no Youtube mostra dois homens a usar um extintor no que parece ser um corpo rodeado por pessoas.
A ONG obteve o vídeo a partir de uma testemunha que o colocou nas redes sociais, de acordo com o porta-voz da ONG, John Jones.
Caso se confirme tratar-se de uma imolação, será o 148.º caso envolvendo um tibetano, desde 2009, indicou a Free Tibet, acrescentando que pelo menos 125 monges morreram depois de se imolarem pelo fogo.
O Tibete é atualmente uma das regiões autónomas da China, com os locais a argumentarem que a região foi durante muito tempo independente, até à ocupação por tropas chinesas em 1951.
Pequim considera que a região, que tem uma área equivalente ao dobro da Península Ibérica é, há séculos, parte do território chinês.
Os casos de imolações pelo fogo atingiram o número máximo em 2012, quando se registaram 83, afirmou Jones.
As dificuldades em aceder à região tornaram mais difícil conhecer com exatidão casos posteriores.
Antes de se imolarem, muitos dos tibetanos gritaram pela independência do Tibete ou rezaram pelo regresso do atual 14.º dalai-lama Tenzin Gyatso, líder político e espiritual dos tibetanos, que Pequim acusa de ter "uma postura separatista", e vive exilado na vizinha Índia, na sequência de uma frustrada rebelião contra a administração chinesa em 1959.