Para Catarina Martins, ao atentado ocorrido em Estocolmo, a resposta "tem de ser dada com solidariedade, mas também com a firme determinação de que só se resiste à política do medo afirmando a tolerância e a liberdade".
"Essa determinação tem de estar no oposto das escaladas militaristas", disse a líder bloquista, aludindo à intervenção armada dos Estados Unidos, ao atacar alvos militares na Síria.
Durante a sua intervenção na sessão de apresentação do cabeça de lista do BE à Câmara de Portimão, no Algarve, na sexta-feira à noite, Catarina Martins disse que "se vive um momento perigoso para o mundo, com a escalada militarista do Presidente norte-americano, ao intervir diretamente no conflito da Síria, tornando ainda pior o que já é tão mau".
"A Síria é hoje vítima do terrorismo, do fanatismo religioso e, para piorar, só faltava mesmo o Presidente norte-americano responder ao Presidente russo, intervindo diretamente no conflito sem nenhum mandato internacional e sem uma estratégia para a paz", destacou.
Para Catarina Martins, "o pior pesadelo é que se vejam tantos países empenhados na estratégia da guerra".
"Da nossa parte, nem fanatismo religioso, nem terrorismo da ditadura do Presidente sírio, muito menos uma escalada militar com Trump e Putin a medirem forças na Síria", sublinhou.
Segundo Catarina Martins, a estratégia da escalada da guerra "já foi feita, sendo necessária uma estratégia para a paz, o respeito pelos direitos humanos e a capacidade de diálogo internacional para a resolução pacífica do conflito".
"É aquilo que precisamos, por muito difícil que pareça", afirmou a coordenadora do BE, assegurando que "o Bloco defende, de forma intransigente, internacionalista e solidária, a paz e os direitos humanos".