Fox News processada novamente por assédio sexual

Uma editorialista da televisão Fox News processou hoje a empresa, bem como o antigo presidente Roger Ailes por assédio sexual, no que é o escândalo mais recente de uma série que tem abalado a estação nos últimos meses.

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© Reuters

Lusa
03/04/2017 22:28 ‧ 03/04/2017 por Lusa

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Televisão

Julie Roginsky, que é uma editorialista habitual desta televisão por cabo, garantiu que Roger Ailes lhe teria explicado que ela deveria ter relações sexuais com "homens casados, mais velhos e conservadores".

Teria também feito comentários impudicos sobre outras mulheres que apareciam na Fox News, segundo um comunicado publicado hoje pelo gabinete de advogados Smith Mullin, que a representa.

Conselheira de comunicação de várias personalidades democratas, Julie Roginsky afirmou também que foi alvo de medidas de retorsão, depois de ter recusado as sugestões.

Em particular, a estação televisiva recusou-lhe um lugar de co-apresentadora da emissão "Os Cinco", que lhe tinha sido prometido.

Os dirigentes da Fox quiseram depois que ela defendesse publicamente Roger Ailes, quando foram divulgadas acusações de assédio sexual, feitas por uma anterior apresentadora, Gretchen Carlson (no poster na imagem acima), o que recusou.

O processo judicial de Gretchen Carlson obrigou Roger Ailes a demitir-se, no final de julho de 2016.

Ailes criou a Fox News, em 1996, a pedido do patrão da rede Fox e do grupp de comunicação News Corp, Rupert Murdoch.

Apesar de ter chegado à paisagem audiovisual bem depois da CNN, que foi lançada em 1980, a cadeia de informação em cabo, apreciada pelos conservadores, assumiu a liderança das audiências, que ainda hoje conserva.

No início de setembro, a casa mãe da Fox News, a 21st Century Fox, chegou a acordo com Gretchen Carlson. Segundo vários meios de comunicação norte-americanos, o grupo teria pago cerca de 20 milhões de dólares (18,7 milhões de euros) à antiga apresentadora.

Além de Roger Ailes, também o apresentador vedeta da estação, Bill O'Reilly, foi alvo de acusações de assédio por parte de várias mulheres.

Já eram conhecidos dois casos, mas o New York Times revelou no sábado ter identificado mais três.

No total, Bill O'Reilly e a Fox News teriam pago 13 milhões de dólares a estas cinco mulheres, em troca do seu silêncio e da renúncia a fazer queixas judiciais contra o apresentador da emissão "The O'Reilly Factor".

Em comunicado publicado no sábado, a estação reafirmou o seu apoio a Bill O'Reilly.

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