Três quartos dos 307 processos abertos na sequência daquelas denúncias dizem respeito à região da Flandres, zona flamenga e predominantemente católica, situada no norte da Bélgica.
Dos processos abertos, 46 foram reencaminhados para processos de mediação, no ano passado.
Três quartos dos queixosos são homens e na grande maioria já são adultos, tendo feito as denúncias apenas quando começaram a ser conhecidos casos semelhantes, reclamando agora uma compensação da Igreja.
Na Bélgica, tudo começou em abril de 2010, quando se soube que o bispo de Bruges, Roger Vangheluwe, tinha abusado de um sobrinho de 13 anos. O bispo decidiu retirar-se da Igreja, abrindo uma caixa de Pandora de denúncias.
Um dos relatórios redigido entretanto revelou quase 500 casos de abusos em instituições católicas desde a década de 1950.
Em setembro de 2011, cerca de 70 alegadas vítimas juntaram-se numa acusação legal conjunta contra a Igreja Católica belga e a Santa Sé, a primeira queixa apresentada na Europa envolvendo diretamente o Vaticano.
O escândalo de abusos sexuais de menores por padres católicos estendeu-se a outros países, como Estados Unidos, Irlanda, Alemanha e Áustria.