"Só negociações bilaterais poderão levar à paz" no Médio Oriente
O Presidente francês afirmou hoje que "só negociações bilaterais" entre israelitas e palestinianos podem resultar em paz, alguns dias antes do início de uma conferência internacional sobre o Médio Oriente em Paris.
© Reuters
Mundo François Hollande
Num encontro com diplomatas, François Hollande declarou que o objetivo da conferência de domingo é "reafirmar o apoio da comunidade internacional à solução de dois Estados (israelita e palestiniano) e fazer que esta solução seja a referência" para a solução do conflito, com mais de 70 anos.
"Ao mesmo tempo, mantenho a lucidez sobre o que pode trazer esta conferência. A paz será feita pelos israelitas e palestinianos e mais ninguém. Só negociações bilaterais podem resultar", reconheceu o chefe de Estado francês.
"A reunião de domingo deve lembrar a determinação em apoiar uma solução de dois Estados, fazer avançar soluções concretas para o desenvolvimento de infraestruturas, em benefício de palestinianos e israelitas, e encorajar as trocas entre as sociedades civis", acrescentou.
Em Jerusalém, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, criticou uma vez mais esta iniciativa francesa.
"Esta conferência é um embuste palestiniano sob os auspícios da França e destinada a assumir ainda mais posições anti-israelitas. Isto faz recuar a paz e nós não estaremos ligados" aos resultados, sublinhou.
A iniciativa francesa sobre o Médio Oriente, que começou com uma primeira conferência internacional, a 03 de junho, em Paris, foi desde o início alvo das críticas de Israel, oposta a qualquer abordagem multilateral desta questão.
O processo de paz israelo-palestiniano está suspenso desde o fracasso, em abril de 2014, das últimas negociações mantidas durante meses sob a égide dos Estados Unidos, aliados tradicionais de Israel.
O fim da administração de Barack Obama parece ter alterado algumas condições. A ONU adotou este no final de dezembro uma resolução de condenação da colonização israelita e, pela primeira vez desde 1979, os Estados Unidos abstiveram-se.
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