Pelo menos 26 manifestantes mortos pelos militares no Congo

Pelo menos 26 pessoas foram mortas pelas forças de segurança da República Democrática do Congo durante os protestos contra o Presidente Joseph Kabila, em Kinshasa, denunciaram hoje grupos de direitos humanos.

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© Reuters

Lusa
21/12/2016 10:57 ‧ 21/12/2016 por Lusa

Mundo

Kinshasa

Segundo a organização Human Rights Watch, os militares e as forças policiais utilizaram munições reais contra manifestantes que participaram nos protestos contra o chefe de Estado, que se mantém no poder apesar de o mandato de Presidente da República Democrática do Congo (RDC) ter chegado ao fim.

De acordo com Ida Sawyer, relatora da Human Rights Watch, os assassinatos cometidos pelas autoridades ocorreram sobretudo na capital do país e na cidade de Lubumbashi.

A organização recolheu depoimentos de testemunhas indicando que grupos da Guarda Republicana estão a proceder a buscas domiciliárias e a prender estudantes que, supostamente, organizam os protestos contra o chefe de Estado.

Nos confrontos, os manifestantes incendiaram a sede do partido de Kabila, em Kinshasa.

Os contactos políticos entre o partido do governo e membros da oposição, iniciados no fim de semana e mediados pela igreja católica, devem terminar hoje.

Kabila, no poder desde o assassinato do pai em 2001, Laurent Desiré Kabila, está impedido pela Constituição de concorrer a mais um mandato mas o tribunal de Kinshasa determinou que pode manter-se no poder até à realização de novas eleições que foram adiadas sem que fosse indicada uma data para a votação.

As presidenciais deveriam ter-se realizado em novembro mas o partido de Kabila diz que precisa de tempo, pelo menos até 2018, para preparar a realização de novas eleições.

O líder do maior partido da oposição, Etienne Tshisekedi, apelou à resistência pacífica contra o que apontou como "golpe de Estado" de Kabila.

Numa declaração difundida através da plataforma digital YouTube, o líder da oposição considera que os atos de Kabila são traição apelando à comunidade internacional para não reconhecer o poder do chefe de Estado.

O impasse político no país provocou a realização de reuniões que até ao momento não alcançaram qualquer consenso sobre a data para a realização de eleições presidenciais e a libertação de presos políticos.

 

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