As línguas são: oromo, amárico, gujarate, igbo, coreano, marati, pidgin, punjabi, telugo, tigrínia e iorubá, cujos serviços vão começar a ser emitidos em 2017, fazendo parte do plano de investimento defendido pelo governo britânico no ano passado.

"Este é um dia histórico para a BBC porque anunciamos a maior expansão do serviço mundial (World Service) desde os anos 1940", disse hoje o diretor geral, Tony Hall.

"O serviço mundial é uma 'joia da coroa' para a BBC e para o Reino Unido", acrescentou.

Em 2015, o governo britânico anunciou um investimento de 85 milhões de libras (94 milhões de euros) para melhorar o serviço mundial da BBC, com especial atenção para as emissões para a Rússia, Coreia do Norte, Europa de Leste e África.

O plano de expansão da BBC, que se financia através de uma taxa paga pelos telespetadores britânicos, também prevê a ampliação dos serviços digitais ao oferecer mais informação para telemóveis e uma maior presença nas redes sociais.

As emissões anunciadas referem-se a programas em oromo, que se fala na Etiópia e em algumas zonas do Quénia, Somália e Egito; amárico, língua etíope; o tigrínia da Eritreia e de algumas regiões da Etiópia; o igbo, a língua oficial da Nigéria; o iorubá, que se fala do sudoeste nigeriano e em algumas regiões da África ocidental e o pidgin, a língua dos habitantes do Delta do Níger.

As outras emissões são destinadas ao continente asiático: o gujarate, a língua da União Indiana de Gujarat, o marati do Estado indiano de Maharashtra e o telugo do Telangana, também da Índia.

O punjabi fala-se sobretudo no Paquistão mas também em algumas regiões da Índia.

A BBC anunciou também que vai reforçar os serviços informativos em russo além das emissões de televisão para África, entre os quais trinta novos programas para emissoras associadas da África subsaariana.

Estão igualmente previstos programas regionais em árabe, emissões em onda curta para a península coreana e mais investimento no serviço em inglês.

A diretora do serviço mundial da BBC, Fran Usworth, disse hoje que numa altura em que se registam "revoluções, guerras ou alterações globais", as pessoas precisam de ter acesso a "notícias independentes, fiáveis e imparciais".

"Como emissora independente, somos mais relevantes do que nunca, já que em muitos pontos do mundo não há liberdade de expressão", acrescentou.

"Temos a obrigação de acompanhar a nossa audiência que consome notícias de uma forma que está a mudar; um número cada vez maior de pessoas vê o Serviço Mundial através da televisão mas muitas emissões são apenas digitais", sublinhou Usworth.

Com as novas emissões em mais onze idiomas, o serviço mundial da BBC vai totalizar a difusão de programas e transmissões em 40 línguas.

O diretor-geral da BBC referiu também que a BBC pretende alcançar uma audiência de 500 milhões de pessoas, em todo o mundo, no ano vai que vai assinalar o primeiro centenário da estação pública britânica, em 2022.

A BBC não transmite publicidade nem gera lucros mas mantém como princípio a "independência política". É captada a nível global através de meios analógicos e digitais, 'streaming' (em direto) e podcasting (através de assinatura), por internet e também através de satélites.