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Autoridades atribuem à Renamo novo ataque no norte de Moçambique

Um novo ataque atribuído pelas autoridades a homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) ocorreu na madrugada de hoje na província de Niassa, norte de Moçambique.

Autoridades atribuem à Renamo novo ataque no norte de Moçambique
Notícias ao Minuto

14:27 - 08/08/16 por Lusa

Mundo Niassa

A administradora do distrito de Metarica, Edite Ramalho, afirmou, citada pela Rádio Moçambique, que, durante a incursão, os alegados homens armados da Renamo, principal partido da oposição, incendiaram a secretaria do posto administrativo de Nacuma e um posto policial, destruíram parcialmente a residência do chefe do posto e vandalizaram o centro de saúde.

"Os nossos homens de proteção estão lá, mesmo nós, como governo, estamos a caminho. Vamos fazer o levantamento do que foi destruído e roubado e posteriormente daremos mais informações", afirmou Edite Ramalho.

Com a investida da madrugada de hoje, sobe para três o número de ataques atribuídos pelas autoridades moçambicanas à Renamo nas duas últimas semanas na província de Niassa, depois das incursões contra a localidade de Muapula e o posto administrativo de Maiaca, no distrito de Maúa.

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, disse na semana passada, em entrevista ao Canal de Moçambique, que o movimento abriu uma nova frente de confrontação na província de Niassa.

"Foi atacada uma esquadra em Maúa, no Niassa, pois abrimos uma frente lá na semana passada", disse o líder da oposição, aludindo a uma província onde eram raros os episódios de violência política.

As negociações de paz em Moçambique, suspensas desde o passado dia 27 de julho, foram hoje retomadas com a participação de vários mediadores internacionais.

A suspensão das negociações foi justificada com questões logísticas.

As conversações entre o Governo moçambicano e a Renamo estão focadas no primeiro ponto da agenda, sobre a exigência do principal partido da oposição de governar nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.

A Renamo não reconhece os resultados das eleições gerais de 2014 e exige governar nas províncias de Sofala, Tete, Manica e Zambézia, centro de Moçambique, e também em Niassa e Nampula, no norte.

A região centro de Moçambique tem sido atingida por episódios de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança, além de denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.

As autoridades atribuem à Renamo ataques a unidades de saúde nas últimas semanas e emboscadas nas principais estradas do centro do país, onde foram montadas escoltas militares obrigatórias em três troços de duas vias.

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