É ministro da Economia e Tecnologia alemã e também o vice-chanceler, mas está a ser notícia por palavras pouco cautelosas. Sigmar Gabriel caiu no erro de comparar a AfD, partido de extrema-direita, aos homens que protagonizaram a Segunda Guerra mundial, os nazis.
Em declarações à imprensa alemã, o representante não teve meias medidas para a ideia que quis fazer passar: "Vou ser perfeitamente claro: tudo aquilo que têm andado a dizer eu já ouvi há muitos anos ao meu próprio pai que foi nazi até morrer".
Sigmar Gabriel foi mais longe ainda e disse também que quem constitui a AfD tem como objetivo "voltar à antiga sociedade alemã reprimida quando as mulheres estavam em casa, os estrangeiros, os homossexuais e as lésbicas tinham de ser invisíveis e onde eles cantarolavam velhas canções do exército enquanto bebiam umas cervejas à noite".
Estas são respostas às declarações do vice-presidente da AfD, também elas incendiárias. Na semana passada, Alexander Gauland afirmou que "ninguém quer ter Jérôme Boateng como vizinho", referindo-se ao jogador alemão do Bayern Munique, que nasceu em Berlim, sendo filho de pai ganês e mãe germânica e que hoje representa a seleção nacional daquele país.