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Esta doença está a ‘varrer’ a Síria e pode chegar à Europa

Os efeitos colaterais de uma guerra são mais do que aqueles que à partida possamos pensar.

Notícias ao Minuto

18:11 - 29/05/16 por Notícias Ao Minuto

Mundo Médio Oriente

A guerra cívil na Síria e os conflitos com o ISIS estão a criar condições ideais para que esta doença cutânea se desenvolva e prospere no Médio Oriente e que possa chegar a território europeu, através dos movimentos migratórios dos refugiados, escreve o The Sun.

Trata-se de uma doença que surgiu em Alepo, na Síria, sendo conhecida pela população como 'Allepo evil' (o diabo de Alepo, em português). É uma doença parasitária transmitida por flebotomíneos, insetos mais pequenos do que mosquitos, que estão prosperar nas zonas devastadas pela guerra. Considerada uma leishmaniose cutânea, a doença pode levar a graves cicatrizes na pele e está a espalhar-se para outros países do Médio Oriente, devido aos movimentos migratórios da região causados pela ação militar do ISIS.

Os infetados sofrem de feridas abertas na pele, sangramento do nariz, dificuldades em respirar e em engolir. Se não for controlada, os casos mais graves desta infeção podem levar à morte. Na sua forma mais mortífera, a doença pode tornar-se numa condição destrutiva e debilitante, que corrói as membranas mucosas do nariz, boca e garganta.

Na Síria, o número de casos registados pelo Ministério da Saúde em 2013 duplicou face ao número de infetados em 2011, passando de 23 mil, antes da guerra civil, para 41 mil. Os países vizinhos, que têm recebido milhares de refugiados sírios, também registaram casos de leishmaniose cutânea.

Entre 2000 e 2012, foram apenas reportados seis casos no Líbano, mas em 2013 esse número subiu para 1033, sendo que a grande maioria dos casos (96%), foi registada em refugiados sírios, de acordo com o Ministério da Saúde libanês. Turquia, Jordão, Líbia e Iémen também registaram centenas de casos.

De salientar que as zonas afetadas pela guerra viram os seus serviços de saúde completamente destruídos, especialmente na zona controlada pelo ISIS. As condições sanitárias, a falta de água e a má nutrição também têm sido factores preponderantes para o desenvolvimento da doença. 

(notícia atualizada às 19h45)

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