A história de Komal (nome fictício), divulgada pelo The Guardian, é um exemplo do 'boom' de cirurgias estéticas na Índia. A jovem, de 24 anos, media 1,37 metros, submeteu-se a uma operação para esticar as pernas. Uma operação que envolveu partir ossos e reaprender a caminhar através de um aparelho.
O médico Amar Sarin confessa que “esta operação estética é uma das mais difíceis de realizar” e os médicos que a operaram não têm experiência nem formação na área. As cirurgias de alongamento dos membros não estão regulamentadas no país e, por essa razão, são operações consideradas baratas que atraem pacientes de todo o mundo, fomentando a famosa indústria das cirurgias estéticas na Índia.
Komal cresceu oito centímetros e sente-se agora “muito mais confiante” para casar e para arranjar trabalho. A irmã mais nova de Komal vai seguir-lhe os passos e fazer a mesma cirurgia.
Para Amar Sarin, que já tratou cerca de 300 pacientes (de várias nacionalidades, apenas um terço são indianos) o fenómeno está a crescer. “É uma moda na Índia”, diz, detalhando que ele próprio recebe cerca de 20 chamadas por dia de pessoas que lhe dizem “quero ser alto/a, tenho de ser mais alto/a”.