Líder trabalhista defende permanência do Reino Unido na UE
O líder da oposição britânica, Jeremy Corbyn, assumidamente crítico da União Europeia, pediu hoje aos britânicos que votem pela permanência do Reino Unido na UE, afirmando que essa é a melhor forma de proteger "trabalhadores, consumidores e ambiente".
© Reuters
Mundo Jeremy Corbyn
"O Partido Trabalhista é esmagadoramente a favor da permanência, porque acreditamos que a UE trouxe investimento e emprego, proteção para os trabalhadores, os consumidores e o meio ambiente, e porque é a melhor opção para enfrentarmos os desafios do século XXI", disse Corbyn no seu primeiro discurso sobre o chamado 'Brexit', quando faltam quase dois meses para o referendo de 23 de junho.
"O Partido Trabalhista está convencido de que o voto pela permanência serve o interesse da população deste país. O Reino Unido será mais forte se cooperarmos com os nossos vizinhos", disse, referindo nomeadamente as alterações climáticas, a ameaça terrorista, o envelhecimento populacional, a crise migratória ou a proteção dos empregos e dos salários, "face à pressão mundialista".
Corbyn, que discursava na Universidade de Londres, admitiu que continua a ser "muito crítico" do projeto europeu, porque tem "falta de representação democrática" e "precisa de mudar".
"Mas a mudança só pode acontecer se trabalharmos com os nossos aliados dentro da UE", sublinhou, defendendo que é "perfeitamente possível ser crítico da UE e continuar convencido de que é preciso continuar como membro".
O apoio explícito do líder trabalhista era considerado imperativo pela campanha que defende a permanência na UE, porque pode mobilizar muitos eleitores trabalhistas para um referendo em que a participação pode ser decisiva para definir o resultado final, que sondagens preveem vir a ser um empate.
Na mais recente, feita pelo instituto 'YouGov' e publicada na terça-feira pelo Times, o "Ficar" e o "Sair" estão empatados com 39% e há 22% de eleitores indecisos.
Os grupos a favor e contra a permanência do Reino Unido na UE, liderados respetivamente pelo primeiro-ministro, David Cameron, e pelo presidente da câmara de Londres, o também conservador Boris Johnson, foram designados oficialmente na quarta-feira para fazer campanha para o referendo.
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