Estas são algumas das vítimas (nada evidentes) dos Panama Papers

Durante pelo menos 40 anos, centenas de corruptos recorreram à Mossack Fonseca para fugir aos impostos e lavar dinheiro de negócios que estão indiretamente a fazer milhares de mortes.

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Carolina Rico
04/04/2016 14:00 ‧ 04/04/2016 por Carolina Rico

Mundo

Corrupção

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação promete continuar nos próximos dias a libertar informação contida nos 11,5 milhões de documentos dos chamados Panama Papers.

Depois da fuga de informação sem precedentes que denuncia a forma como líderes mundiais, empresas, políticos e celebridades conseguem lavar dinheiro e fugir a impostos, através de um vídeo podemos agora conhecer algumas das pessoas afetadas por estes esquemas.

O dinheiro que a sociedade de advogados da Mossack Fonseca terá ajudado a esconder em empresas ‘fantasma’ e paraísos fiscais provém em muitos casos de negócios ‘sujos’ que continuam a fazer muitas vítimas que, à primeira vista, nada teriam a ver com os envolvidos nos Panama Papers:

O povo sírio

Várias empresas que recorreram aos serviços da Mossack Fonseca estão a ser acusadas de fornecer combustível à força aérea síria, responsável pela morte de mais de 21 mil civis nso últimos três anos.

Os governos do Reino Unido e dos Estados Unidos foram em 2014 proibidos de fazer negócios passíveis de contribuir para o agravamento da guerra na síria mas segundo a investigação agora revelada continuaram a fazê-lo em segredo.

Crianças russas

O alegado líder de um gang associado à escravatura infantil na Rússia é um dos clientes da Mossack Fonseca.

O grupo ficou conhecido por raptar órfãos menores e converte-los em escravos sexuais.

A sociedade de advogados descobriu que o seu cliente era pedófilo mas nada terá feito para denunciar a origem do seu dinheiro às autoridades.

Cidadãos do Uganda

Uma empresa que queria vender terrenos de exploração de petróleo terá recorrido à Mossack Fonseca para evitar pagar mais de 400 milhões de dólares (cerca de 352 milhões de euros) em impostos no Uganda.

É um valor superior ao orçamentado para a Saúde no país onde uma em cada três pessoas vive com menos de um dólar por dia.

Bastou apenas mudar a morada do paraíso fiscal onde depositar o dinheiro.

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