O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação promete continuar nos próximos dias a libertar informação contida nos 11,5 milhões de documentos dos chamados Panama Papers.
Depois da fuga de informação sem precedentes que denuncia a forma como líderes mundiais, empresas, políticos e celebridades conseguem lavar dinheiro e fugir a impostos, através de um vídeo podemos agora conhecer algumas das pessoas afetadas por estes esquemas.
O dinheiro que a sociedade de advogados da Mossack Fonseca terá ajudado a esconder em empresas ‘fantasma’ e paraísos fiscais provém em muitos casos de negócios ‘sujos’ que continuam a fazer muitas vítimas que, à primeira vista, nada teriam a ver com os envolvidos nos Panama Papers:
O povo sírio
Várias empresas que recorreram aos serviços da Mossack Fonseca estão a ser acusadas de fornecer combustível à força aérea síria, responsável pela morte de mais de 21 mil civis nso últimos três anos.
Os governos do Reino Unido e dos Estados Unidos foram em 2014 proibidos de fazer negócios passíveis de contribuir para o agravamento da guerra na síria mas segundo a investigação agora revelada continuaram a fazê-lo em segredo.
Crianças russas
O alegado líder de um gang associado à escravatura infantil na Rússia é um dos clientes da Mossack Fonseca.
O grupo ficou conhecido por raptar órfãos menores e converte-los em escravos sexuais.
A sociedade de advogados descobriu que o seu cliente era pedófilo mas nada terá feito para denunciar a origem do seu dinheiro às autoridades.
Cidadãos do Uganda
Uma empresa que queria vender terrenos de exploração de petróleo terá recorrido à Mossack Fonseca para evitar pagar mais de 400 milhões de dólares (cerca de 352 milhões de euros) em impostos no Uganda.
É um valor superior ao orçamentado para a Saúde no país onde uma em cada três pessoas vive com menos de um dólar por dia.
Bastou apenas mudar a morada do paraíso fiscal onde depositar o dinheiro.