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Obama pede paz entre Israel e vizinhos árabes

Barack Obama pediu esta quarta-feira paz entre Israel e os vizinhos árabes, nomeadamente palestinianos, pouco depois de ter iniciado a primeira visita ao país e aos territórios palestinianos como Presidente dos Estados Unidos.

Obama pede paz entre Israel e vizinhos árabes
Notícias ao Minuto

17:59 - 20/03/13 por Lusa

Mundo Telavive

"A paz deve chegar à Terra Santa. Nunca perderemos de vista a paz entre Israel e os vizinhos", declarou Obama, numa breve intervenção no aeroporto Ben Gurion, em Telavive, onde aterrou o avião presidencial norte-americano Air Force One, pouco depois das 12h15 locais (10h15 em Lisboa).

Obama garantiu que os Estados Unidos estão "orgulhosos de serem o mais forte aliado de Israel" e acrescentou ser um "interesse fundamental" dos EUA "estar com Israel", por ser uma aliança que "torna as duas nações mais fortes e transforma o mundo num lugar melhor".

O principal objectivo desta viagem é fortalecer as relações com Israel, principal aliado dos EUA na região, tentando diminuir as divergências com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre o programa nuclear iraniano, para o qual Obama privilegia a via diplomática, e a colonização judaica nos territórios palestinianos.

O presidente israelita, Shimon Peres, saudou o "apoio inabalável" do homólogo norte-americano em relação a Israel, ao receber Obama à chegada ao país.

"Em tempo de paz, em tempo de guerra, o vosso apoio a Israel é inabalável", declarou Peres, qualificando Obama de "dirigente mundial notável".

Já Benjamin Netanyahu agradeceu a Obama por defender "o direito à existência de Israel", no início da visita histórica do presidente norte-americano.

"Obrigado por defender, sem equívoco, o direito à existência de Israel", disse, num breve discurso no aeroporto Ben Gurion.

Em seguida, o Presidente norte-americano deverá inspeccionar uma bateria do sistema antimíssil "Iron Dome", financiado pelos Estados Unidos.

A paragem seguinte é Jerusalém para um encontro com Shimon Peres e, depois, com Netanyahu.

Esta primeira viagem, no segundo mandato de Obama, acontece dois dias após a posse do novo Governo de Netanyahu, que definiu como "principal prioridade a defesa e a segurança", citando "as graves ameaças" provenientes do Irão e da Síria, de acordo com as autoridades israelitas.

Obama, que se desloca a Israel e aos territórios palestinianos com a única ambição "de ouvir", mas não lançar uma iniciativa de paz, vai reunir-se na quinta-feira em Ramallah (Cisjordânia) com o dirigente palestiniano Mahmud Abbas.

No dia seguinte, Obama tem previsto visitar a basílica da Natividade, em Belém.

Ainda na quinta-feira, o presidente norte-americano vai discursar no centro internacional dos congressos de Jerusalém perante centenas de jovens, perto de quatro anos depois de um discurso na universidade do Cairo, muito criticado em Israel.

De acordo com um editorial do diário israelita de esquerda Haaretz, no início da sua presidência, os israelitas consideravam Obama "como um esquerdista que não se preocupava com o Terceiro Mundo e que tinha virado as costas ao projecto sionista".

"Mas, no segundo mandato, é visto como alguém que perdeu a sua inocência, aprendeu como é cruel o Médio Oriente e reconheceu a importância de proteger Israel".

Numa sondagem do Jerusalem Post, 36% dos israelitas consideram que Obama defende mais os palestinianos do que Israel, contra 26% que pensam o contrário.

O diário Yediot Aharonot dá as "boas-vindas", em hebraico e em inglês, e defende a "relação especial" entre os EUA e Israel, mas critica Obama por chegar com "uma mala cheia de palavras" e nenhum plano de paz.

Na quinta-feira, Obama desloca-se ainda ao museu nacional de Israel e na sexta-feira ao túmulo do fundador do sionismo Theodor Herzl e do primeiro-ministro assassinado Yitzhak Rabin, antes de visitar o monumento ao Holocausto Yad Vashem.

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