Para além de Bao Guohua, pastor de uma igreja protestante na cidade de Jinhua, no leste da China, e a esposa, Xing Wenxiang, também o filho do casal foi condenado a três anos de prisão, segundo a Organização Não-Governamental (ONG) cristã China Aid.
O pastor e a mulher foram acusados de desvio de fundos, de apelaram à alteração da ordem pública, de gerirem negócios ilegais e de esconderem documentos contabilísticos.
Os símbolos religiosos de mais de 1.800 igrejas de Zhejiang foram demolidos no último ano, segundo a China Aid.
As demolições desencadearam protestos em Zhejiang, região onde localiza Wenzhou, conhecida como "Jerusalém da China" devido às numerosas igrejas.
O regime chinês justifica as demolições como fazendo parte de uma campanha de embelezamento urbano.
Várias pessoas que se manifestaram contra as demolições foram detidas e julgadas, assim como os seus advogados.
Um dos detidos foi o advogado Zhang Kai, conhecido como "o defensor das cruzes", a quem a polícia acusa de instigar os protestos.
Detido em agosto do ano passado, o advogado apareceu na quinta-feira numa televisão oficial a admitir culpas, num novo caso na China, segundo organizações de defesa dos direitos humanos, de "confissão forçada".