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Grécia promete abrir cinco centros de registo de refugiados

O Governo grego reafirmou hoje a sua intenção de abrir na segunda-feira os centros de registo de refugiados e migrantes em cinco ilhas do mar Egeu, apesar dos protestos de parte da população contra estas novas instalações.

Grécia promete abrir cinco centros de registo de refugiados
Notícias ao Minuto

17:02 - 08/02/16 por Lusa

Mundo Segunda-feira

"Aconteça o que acontecer, a partir de 15 de fevereiro vão estar prontos os centros de registo e recolocação", assegurou hoje o ministro da Defesa, Panos Kamenos, após uma reunião com responsáveis municipais de Sindos e Sidirokastro (norte).

Perante as pressões da Comissão Europeia (CE), que se referiu a "graves deficiências" no controlo das fronteiras externas por parte da Grécia, o Governo comprometeu-se a acelerar a abertura destes centros também designados "hot spots" (pontos quentes), que deveriam ter ficado concluídos em novembro.

Na semana passada, o Executivo anunciou que o ministério da Defesa se envolveria na construção dos recintos para acelerar a sua abertura.

Esta decisão motivou protestos de parte dos habitantes da ilha de Kos, que no fim de semana se envolveram numa refrega com a polícia após uma manifestação contra a construção do acampamento.

Devido à sua situação geográfica, muito perto das costas da Turquia, Kos é uma das principais portas de entrada para refugiados e migrantes que se dirigem para a União Europeia (UE).

Em entrevista ao diário Real News, Kamenos -- líder do partido da direita soberanista Gregos Independentes (Anel) que integra a coligação dirigida pelo partido da esquerda radical Syriza -- assegurou que por detrás destes protestos existe o interesse de alguns ilhéus em fazer negócio a partir das necessidades dos refugiados.

Já em declarações à cadeia televisiva privada Skai, o presidente da câmara de Kos, Yorgos Kyritsis (eleito pelos socialistas do Pasok, na oposição), pediu hoje ao Governo grego que cancele os seus planos e retire a polícia de intervenção, enviada para controlar os protestos.

Kyritsis argumentou que um centro de acolhimento poderá funcionar como uma "atração" para os traficantes e provocar o aumento das chegadas, como sucedeu em Lesbos, onde está em funcionamento o único centro de registo e acolhimento.

O responsável de Kos referiu em cartas previamente enviadas ao Governo e à oposição que o seu município, de 17.000 habitantes, poderia disponibilizar entre 4.000 e 7.000 metros quadrados, mas exigiu mais efetivos policiais, meios económicos, ajuda sanitária e um compromisso de que os registados abandonem a ilha num prazo de 24 horas.

O Governo, com estas novas instalações, pretende que se inicie a distinção entre refugiados e migrantes irregulares, que no último caso deverão ser enviados para centros de detenção fechados antes da sua eventual deportação.

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