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Nações aumentam esforços para reduzir abate ilegal de árvores ameaçadas

A Convenção para o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES) anunciou, esta terça-feira, um aumento dos esforços para proteger as espécies de árvores ameaçadas pelos madeireiros ilegais em Madagáscar, no Sudeste Asiático e na América Central.

Nações aumentam esforços para reduzir abate ilegal de árvores ameaçadas
Notícias ao Minuto

15:16 - 12/03/13 por Lusa

Mundo Madagáscar

Os 178 membros da organização reuniram-se em Banguecoque, Tailândia, onde aprovaram propostas que visam ajudar os países a regular mais eficazmente o comércio de madeiras tropicais, dificultando a sua venda por parte de madeireiros ilegais.

"O CITES nunca tinha aceitado tantas propostas para adicionar espécies de árvores à lista [de espécies protegidas] ", afirmou Juan Carlos Cantú, da associação 'Defenders of Wildlife'.

"Sem a protecção do CITES para regular o comércio internacional, o abate ilegal insustentável vai levar as espécies à beira da extinção em 10-20 anos", acrescentou Cantú.

Com as novas propostas aprovadas, os exportadores de madeira terão agora que emitir licenças para garantirem a sustentabilidade das espécies em estado selvagem, ou receberão sanções dos membros da CITES.

Especialistas afirmaram que a inclusão na lista de algumas espécies de crescimento lento, encontradas em Madagáscar, foi particularmente importante pois estas sofreram um forte impacto com o aumento do comércio internacional ilegal.

Mark Roberts, da 'Environmental Investigation Agency', disse que Madagáscar enfrenta "uma crise de abate ilegal", devido à instabilidade política e ao aumento global da procura da sua madeira.

"Os funcionários florestais estão numa luta contra a colheita e o comércio ilegais, a pilhagem de recursos valiosos, o envolvimento do crime organizado e a perda de habitats", disse ainda Roberts.

A madeira de Madagáscar destina-se, principalmente, à China, que emergiu como maior importador do sector, tomando o lugar dos mercados europeus.

O Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) estima que entre 50 a 90 por cento da exploração florestal de países tropicais da Amazónia, África Central e Sudeste Asiático seja feita por células de organizações criminosas.

"O abate ilegal vale aos criminosos mais de 30 mil milhões de dólares anualmente", afirmou Achim Steiner, director executivo do UNEP.

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