"Não devemos ceder em nada, vamos continuar a usar a kippa", declarou à agência noticiosa AFP Halim Korsia.
Por sua vez, o presidente do Conselho representativo das instituições judaicas em França [Crif, instância laica da comunidade], Roger Cukierman, considerou por sua vez qua incitação a não utilizar a kippa "traduz uma atitude derrotista, de renúncia".
Previamente, o presidente da comunidade judaica de Marselha tinha "incitado" os judeus desta cidade do sudeste da França a "retirarem a kippa", um dia após a agressão com uma catana a um professor judeu.
"Hoje, e perante a gravidade dos acontecimentos (...) é necessário tomar medidas excecionais, e para mim, a vida é mais sagrada que qualquer outro critério", declarou Zvi Ammar à agência noticiosa AFP.
O presidente do consistório israelita de Marselha aconselhou os seus seguidores a "retirarem a kippa durante este período turbulento e até melhores dias".
"Estamos forçados a esconder-nos um pouco", explicou.
O autor da agressão, um adolescente de 15 anos de origem curda e nacionalidade turca, reivindicou perante os polícias ter agido "em nome de Alá" e do grupo jihadista Estado Islâmico.
A comunidade judaica de Marselha, cerca de 70.000 dos 855.000 habitantes, é a segunda mais importante de França após Paris e a sua região, foi nos últimos meses alvo de duas outras agressões antissemitas.
Desde os atentados jihadistas de janeiro de 2015 em Paris, contra jornalistas, judeus e polícias, mais de 700 sinagogas, escolas judias e centros comunitários estão protegidos pelo exército ou polícia.