Segundo o chefe de departamento nacional de educação e prevenção de risco contra minas da Comissão Nacional Intersetorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH), Edgar Lourenço, estes novos campos foram detetados após alguns acidentes.
Edgar Lourenço, citado hoje pela agência noticiosa angolana, Angop, disse que uma comissão integrada pelo Instituto Nacional de Desminagem (INAD) e operadoras de desminagem internacionais têm realizado o trabalho de localização dos campos minados.
O responsável sublinhou que a existência de campos minados constitui uma preocupação, tendo em conta os casos isolados de acionamentos de minas e outros engenhos explosivos não detonados que ainda vêm acontecendo em algumas zonas do país.
O reforço das campanhas de sensibilização para o perigo das minas é uma das estratégias em execução para a diminuição de casos de acidentes com minas e a garantia de circulação de pessoas e bens com segurança, frisou Edgar Lourenço.
O processo de desminagem em Angola já permitiu retirar do solo mais de cinco milhões de engenhos explosivos, numa operação levada a cabo por pelo menos quatro mil homens.
Angola, estado signatário da Convenção de Otava ratificada em 2002, solicitou em dezembro de 2012 uma moratória de cinco anos para a continuação das suas operações de desminagem e segurança das zonas minadas, fruto de mais de 30 anos de guerra civil.
O pedido de prorrogação foi aceite, devendo Angola identificar áreas suspeitas de conter minas e proceder à sua destruição até janeiro de 2018.
