O naufrágio de uma embarcação com cerca de 950 migrantes ilegais no mar Mediterrâneo marcou o fim de semana e obrigou a União Europeia a agendar uma cimeira de emergência para lidar com o problema e encontrar soluções de forma a evitar situações semelhantes no futuro.
O objetivo desta reunião entre os 28 ministros dos Negócios Estrangeiros é reforçar a vigilância no mar Mediterrâneo e impedir que mais pessoas morram sob circunstâncias semelhantes. Esta é uma necessidade reforçada pelo alto-comissário da ONU para os refugiados, António Guterres, que, como se pode ler no Diário de Notícias, refere que há que “criar formas credíveis e legais de chegar à europa” enquanto se reativa “uma robusta operação de salvamento no mar.”
Também o Papa Francisco apelou a uma solução para o problema, que necessita de “maior envolvimento internacional” para com os “nossos irmãos que procuram uma vida melhor”. O líder do Vaticano referiu também que os migrantes ilegais que atravessam o Mediterrâneo são “perseguidos, explorados, vítimas da guerra e da fome.”
A situação de guerra civil que se vive na Líbia parece mesmo ser a explicação encontrada para os mais de 170 mil ilegais que em 2014 foram encontrados no Mediterrâneo. Para o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, quem leva estes migrantes a tais situações são “traficantes de homens responsáveis, os novos esclavagistas do século XXI”.
Até ao momento foram salvas com vida 28 pessoas das cerca de 950 que iam a bordo do pequeno arrastão de pesca, sendo que as operações de busca – na qual participa a embarcação portuguesa 'King Jacob' – continuarão durante a semana.