A já histórica prisão de San Quentin está quase a ‘rebentar pelas costuras’. A revista Time adianta que 708 das 715 celas destinadas a presos condenados à morte estão ocupadas.
Todos os anos, cerca de 20 pessoas chegam àquela que é a zona mais temida da cadeia: o corredor da morte. Mas no estado da Califórnia as execuções abrandaram nas últimas décadas, até que pararam – apesar de a pena de morte ainda ser legal neste estado norte-americano.
Na Califórnia, nenhum preso é executado há quase uma década. Mas como as celas continuam a ser preenchidas todos os anos, o governador Jerry Brown já pediu 3,2 milhões de dólares. O objetivo é fazer obras que permitam aumentar o espaço destinado a presos condenados à morte.
Este pedido do governador será ouvido no final do mês de abril. E já se sabe o espaço onde será possível fazer obras. Embora as prisões americanas sejam conhecidas por estarem sobrelotadas, uma alteração na legislação californiana deu mais espaço a San Quentin noutras alas da cadeia.
A alteração legislativa – conhecida como Proposition 47 –,fez com que crimes pequenos, não violentos, relacionados com drogas passassem a ser julgados como delitos menores ao invés de serem tratados como crimes graves. Em resultado desta mudança de política, há menos presos. E haverá espaço extra para mais 97 condenados à morte, adianta a Time. Uma solução que é, ainda assim, vista como apenas temporária.
Esta situação decorre numa altura em que a própria pena de morte está a ser colocada em causa na Califórnia. O último condenado naquele Estado norte-americano foi Clarence Ray Allen, em janeiro de 2006. Clarence é um dos mais velhos condenados à morte na história dos EUA. Tinha 76 quando foi executado, depois de ter sido considerado culpado de três homicídios.