Vulcão do Fogo com impacto reduzido nas espécies endémicas

A recente erupção vulcânica na ilha cabo-verdiana do Fogo terá tido um impacto reduzido nas espécies endémicas existentes na área protegida, disse hoje o coordenador do Parque Natural (PNF) foguense.

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Notícias ao Minuto
22/03/2015 10:43 ‧ 22/03/2015 por Notícias ao Minuto

Mundo

Cabo Verde

Citado pela Inforpress, Alexandre Rodrigues salientou, porém, que, para determinar com rigor os eventuais impactos da última erupção, a coordenação do PNF, em parceria com uma equipa especializada da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), realizará na primeira semana de maio, e durante 15 dias, uma "análise mais aprofundada" dos impactos causados na fauna e flora locais.

Alexandre Rodrigues disse que, inicialmente, temeu que as cinzas vulcânicas tivessem afetado as espécies protegidas, o que, para já, e de forma empírica, não deverá ter acontecido, uma vez que a erupção mais recente, que começou a 23 de novembro de 2014 e terminou a 08 de fevereiro, foi a 28.ª desde 1500, ano do início dos registos.

Há mais de 100 anos, na altura do povoamento de Chã das Caldeiras, o vasto planalto que serve de base aos vários cones vulcânicos do Fogo, a quase 2.000 metros de altitude, toda a área estava coberta de espécies endémicas de algumas dimensões, o que demonstra que os efeitos das erupções, de forma geral, não as têm afetado.

No território do PNF estão concentradas 120 espécies diferentes, 36 delas endémicas de Cabo Verde, explicou o coordenador do Parque Natural do Fogo, indicando que a destruição das espécies é "reduzida".

A justificação passa pelo facto de, nas zonas consumidas pela lava, "não havia uma concentração abundante" de espécies endémicas, mas sim agrícolas.

A 12 de fevereiro, o Observatório Vulcanológico da Universidade de Cabo Verde (OV/Uni-CV) considerou que, após 77 dias, a erupção vulcânica no Fogo terminou quatro dias antes, quando se registaram as últimas emissões de gases e de lava.

A erupção vulcânica, uma das três registadas no interior da caldeira nos últimos 63 anos - 1951 e 1995 -, destruiu Portela e Bangaeira, os dois povoados de Chã das Caldeiras, obrigando à evacuação dos cerca de 1.500 habitantes locais.

A lava destruiu também um pequeno casal no Ilhéu de Losna, uma extensa área de cultivo e infraestruturas económicas, sociais e turísticas locais, prejuízos estimados pelo Governo cabo-verdiano em cerca de 45 milhões de euros.

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