O Hamas terá lançado um ataque contra as forças israelitas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, este domingo. A informação é avançada pelo Times of Israel, que considera tratar-se de um ataque terrorista, levado a cabo pelo grupo palestiniano.
Segundo referem, terá sido disparado um míssil contra uma escavadora militar israelita encarregada de destruir os túneis da organização islamita. A confirmar-se constitui uma clara violação do cessar-fogo atualmente em vigor.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla inglesa) estarão a responder com ataques aéreos e terrestres na zona.
De acordo com uma fonte do braço armado do Hamas, o grupo tinha lançado uma operação em Rafah para eliminar o líder da milícia rival, conhecida como 'Forças Populares', Yasser Abu Shabab.
No entanto, os soldados israelitas terão intervindo para apoiar Shabab, o que resultou num fogo cruzado e provocou a explosão da escavadora israelita.
As IDF ainda não comentaram a situação. No entanto, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, citado pelo Jerusalem Post, já se pronunciou. "Peço ao primeiro-ministro que ordene as IDF a recomeçarem a luta na Faixa de Gaza com toda a força", afirmou, acrescentando: "A organização terrorista nazi tem de ser completamente destruída - e, de preferência, o mais cedo possível".
Segundo o mesmo meio, o Benjamin Netanyahu prepara-se para uma reunião com o ministro da Defesa, Israel Katz, e o chefe das IDF, o general Eyal Zamir, para decidir qual será a resposta de Telavive ao ataque do Hamas.
Os relatos da violação de cessar-fogo por parte do grupo palestiniano vêm poucas horas após o governo norte-americano alertar para esta mesma situação, dizendo que tinha "informações credíveis" que indicavam "uma violação iminente" do acordo.
No entanto, o movimento islamita palestiniano Hamas rejeitava pouco depois, e categoricamente, as acusações dos EUA de que estava a preparar-se para violar o cessar-fogo acordado com Israel e realizar um ataque contra a população de Gaza.
O cessar-fogo em Gaza - proposto pelos Estados Unidos e acordado entre Israel e o Hamas - está em vigor desde o dia 10 de outubro, prevendo três fases: a libertação dos reféns, o desarmamento do Hamas e a reconstrução gradual do território, sob supervisão internacional.
A segunda etapa, centrada na "desmilitarização", continua a ser a mais controversa e a que Israel considera essencial para pôr fim ao conflito.
[Notícia atualizada às 11h46]
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