O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, na terça-feira, que recorda Charlie Kirk - assassinado em setembro - de forma diferente da mulher do ativista, Erika Kirk.
Foi, durante uma cerimónia na Casa Branca, em Washington, onde Charlie Kirk foi homenageado de forma póstuma com a Medalha Presidencial da Liberdade, que Donald Trump questionou uma parte do discurso do elogio fúnebre de Erika.
A mulher de Charlie Kirk disse que o marido, assim como a família, compreende que o evangelho encoraja a amar os opositores.
No Jardim das Rosas (Rose Garden), o presidente norte-americano disse: "Ele foi capaz de lutar contra pessoas que eram inimigas e ele não amava assim tanto os inimigos".
"Ouvi dizer que ele amava os inimigos e pensei: 'Espera um minuto, esse é o mesmo Charlie que eu conheci?'. Não tenho a certeza, mas não quero entrar em detalhes", salientou Trump, citado pela People.
No elogio fúnebre, note-se, Erika Kirk afirmou que Charlie teria perdoado o homem que o assassinou porque seguia o evangelho, que incentivava "o amor pelos inimigos e o amor por aqueles que nos perseguem". Nesse mesmo dia, Trump repetiu o discurso de Erika dizendo que o ativista "era um missionário com um espírito nobre e um grande, grande propósito".
"Ele não odiava os seus opositores. Ele queria o melhor para eles", referiu o republicano, na altura.
Na terça-feira, no seu discurso, Trump fez ainda referência à sua tentativa de assassinato, em julho de 2024. Contou que Charlie Kirk ficou perplexo com a forma como o presidente virou a cabeça no momento em que atirador pressionou o gatilho.
"Virei na hora certa, virei para a direita. Charlie não acreditava, de verdade. Ele disse: 'Como diabos virou a cabeça?' e eu respondi 'não sei'".
Na terça-feira, dia em que Charlie Kirk completava 32 anos, Donald Trump entregou a Medalha Presidencial da Liberdade a Erika Kirk, que agradeceu o gesto.
"Obrigada sr. presidente por homenagear o meu marido de uma maneira tão profunda e significativa".
Quem era Charlie Kirk?
Charlie Kirk, um conhecido ativista ultraconservador norte-americano, morreu no dia 10 de setembro, após ser baleado num evento na Utah Valley University, nos Estados Unidos. Mas, afinal, quem era o jovem "amado e admirado por todos"?
Charles James Kirk, conhecido como Charlie Kirk, nasceu a 14 de outubro de 1993, filho de um arquiteto e de uma conselheira de saúde mental. Cresceu nos subúrbios de Chicago e, aos 31 anos, era um influente ativista político conservador, tendo feito parte das campanhas eleitorais de Donald Trump.
Charlie Kirk morreu após ser baleado durante evento
Charlie Kirk morreu após ser baleado durante um evento na Utah Valley University, enquanto discursava na iniciativa 'American Comeback Tour', uma série de debates com estudantes.
Na altura, a morte foi anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o descreveu como alguém que era "amado e admirado por todos".
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