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Donald Trump avalia ataques contra narcotraficantes dentro da Venezuela

O Presidente Donald Trump, afirmou hoje que considera ataques terrestres de forças norte-americanas em território venezuelano, contra narcotraficantes.

Donald Trump avalia ataques contra narcotraficantes dentro da Venezuela

© Lusa

Lusa
15/10/2025 21:42 ‧ há 6 horas por Lusa

Um dia depois de anunciar o quinto ataque das forças norte-americanas contra uma embarcação suspeita de transportar droga em águas internacionais próximo da Venezuela, Trump afirmou na Sala Oval da Casa Branca que naquela zona "o mar está muito bem controlado" e que "certamente" estão a ser avaliados ataques em terra.

 

"Não quero dizer mais nada, mas estamos agora a considerar ataques terrestres", afirmou o Presidente norte-americano em resposta à questão de um jornalista sobre a extensão das operações militares, que afirma visarem cartéis narcotraficantes.

Confrontado com uma notícia do New York Times de que tinha autorizado operações secretas da CIA na Venezuela contra o governo, incluindo "neutralizar" o Presidente Nicolás Maduro, Trump não negou.

"Essa é uma pergunta ridícula para me fazer. Não é propriamente uma pergunta ridícula, mas não seria ridículo da minha parte respondê-la?", disse.

Bombardeiros norte-americanos voaram perto de instalações venezuelanas

Bombardeiros norte-americanos voaram perto de instalações venezuelanas

Dois bombardeiros estratégicos da Força Aérea dos Estados Unidos foram hoje detetados a voar sobre a Região de Informação de Voo (FIR) de Maiquetía, próximo de duas ilhas venezuelanas, segundo a imprensa local.

Lusa | 21:55 - 15/10/2025

Os ataques foram desencadeados após um aumento da presença das forças marítimas norte-americanas nas Caraíbas, sem precedentes nos últimos anos, incluindo submarinos nucleares, lança-mísseis e aviões de combate de última geração.

Desde o início de setembro, estes ataques em águas próximas da Venezuela fizeram pelo menos 27 mortos.

Trump justificou a ação militar afirmando que as interdições da Guarda Costeira norte-americana "nunca funcionaram" e que cada uma das embarcações visadas transporta droga suficiente para causar milhares de mortes por 'overdose'.

"É difícil, mas perdem-se três pessoas (supostos traficantes de droga) e salvam-se 25 mil", declarou Trump.

"Penso que a Venezuela está a sentir a pressão, mas penso que muitos outros países também", adiantou.

Segundo a imprensa venezuelana, dois bombardeiros estratégicos da Força Aérea norte-americana foram hoje detetados a voar sobre a Região de Informação de Voo (FIR) de Maiquetía, próximo de duas ilhas venezuelanas.

Citando relatórios de acompanhamento aéreo civil e observadores independentes, o portal web Efecto Cocuyo (EC), explica que os bombardeiros B-52H Stratofortress passaram das ilhas de La Orcila e Gran Roque, onde a Venezuela tem instalações militares.

"As aeronaves, que permaneceram visíveis em plataformas públicas de rastreamento durante parte do trajeto, realizaram círculos sobre as Caraíbas antes de desaparecerem momentaneamente dos radares civis, reaparecendo depois rumo ao sul", adianta o EC. 

A administração Trump afirma estar a tratar os alegados traficantes de droga como combatentes ilegais que devem ser enfrentados com força militar.

Trump identificou os alvos dos ataques norte-americanos como membros do cartel Tren de Aragua, um grupo criminoso venezuelano estabelecido em vários países e classificado por Washington como organização terrorista.

Washington acusa o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar uma rede de narcotráfico e recentemente aumentou para 50 milhões de dólares a recompensa pela sua captura.  

Maduro negou qualquer ligação com o tráfico de droga.

No Congresso, os democratas alegam que os ataques violam o direito norte-americano e a legislação internacional e alguns congressistas republicanos têm procurado mais informações junto da Casa Branca sobre a justificação legal e os detalhes dos ataques.   

Na semana passada, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, disse aos líderes militares que o Governo norte-americano quer "forçar uma mudança de regime" no país sul-americano. 

A Assembleia Nacional (AN, parlamento) venezuelana aprovou na sexta-feira o Projeto de Lei dos Comandos para a Defesa na Íntegra da Venezuela, que tem como objetivo "integrar" o poder militar, policial e a sociedade perante "as ameaças" dos Estados Unidos.

Maduro deu hoje continuidade a um programa de manobras militares em todo o país, destacando-se o envio de forças para Petaré e Catia, os dois maiores bairros operários de Caracas.

"Vamos ativar toda a força militar de defesa integral, defesa popular e defesa policial", anunciou Maduro numa mensagem áudio no Telegram.

Prometeu ainda operações para quinta-feira nos estados de Táchira, Apure e Amazonas, na porosa fronteira com a Colômbia, por onde transita parte da cocaína colombiana.  

[Notícia atualizada às 22h53]

Leia Também: Trump anuncia novo ataque a navio suspeito de narcotráfico. Há 6 mortos

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