O Hamas terá aceitado o acordo de cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza.
Segundo o Times of Israel, a informação é avançada por fontes "na resistência palestiniana", que terão falado com um órgão afiliado ao Hezbollah - um grupo extremista apoiado pelo Irão, à semelhança do Hamas.
O mesmo meio diz ainda que o acordo será assinado já amanhã, dia 9 de outubro, no Egito, e que os reféns vão ser libertados no sábado, após a assinatura do documento.
Duas fontes ligadas às negociações terão ainda dito ao órgão de comunicação que as questões mais relevantes já foram resolvidas (sem especificar quais) e falta finalizar detalhes meramente processuais. O anúncio oficial quanto à aceitação do acordo de cessar-fogo estará iminente.
Na rede social Truth Social, Donald Trump também já reagiu e confirmou a informação.
A notícia surge pouco tempo depois de o presidente dos Estados Unidos ter revelado que o acordo de cessar-fogo entre o Hamas e Israel parecia estar "muito próximo" de ser alcançado.
Trump admitiu ainda deslocar-se ao Egito no final da semana, devido ao progresso nas negociações.
"Talvez vá lá no final da semana, talvez no domingo, na verdade. Vamos ver, mas há uma boa hipótese de que isso aconteça. As negociações estão a progredir muito bem", destacou o presidente norte-americano na Casa Branca.
"Tenho falado com a nossa equipa no Médio Oriente sobre um possível acordo de paz. Estamos numa fase ótima, esperamos que se torne realidade, mas estamos muito perto, estão muito bem", insistiu.
O chefe de Estado norte-americano frisou que tem no local "uma grande equipa de excelentes negociadores", referindo-se ao seu enviado especial Steve Witkoff e ao seu genro Jared Kushner, e garantiu que as negociações com o grupo islamita palestiniano "estão a correr bem".
As delegações de Israel e do Hamas estão no Egito desde segunda-feira, onde negoceiam, com mediadores egípcios, cataris e norte-americanos, os detalhes da implementação do plano de paz de 20 pontos elaborado por Trump para pôr fim à guerra em Gaza.
O mais recente conflito na Faixa de Gaza começou a 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas, que fez mais de 251 reféns e 1.200 mortos.
Em resposta, Israel declarou uma guerra, que já dura há dois anos e fez, até agora, mais de 67 mil mortos (incluindo mais de 20.000 crianças) e quase 170 mil, na sua maioria civis, segundo números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
[Notícia atualizada às 23h49]
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