"Talvez vá lá no final da semana, talvez no domingo, na verdade. Vamos ver, mas há uma boa hipótese de que isso aconteça. As negociações estão a progredir muito bem", destacou o Presidente norte-americano na Casa Branca.
Delegações de Israel e do Hamas estão no Egito desde segunda-feira, onde negoceiam, com mediadores egípcios, cataris e norte-americanos, os detalhes da implementação do plano de paz de 20 pontos elaborado por Trump para pôr fim à guerra em Gaza.
O chefe de Estado norte-americano frisou que tem no local "uma grande equipa de excelentes negociadores", referindo-se ao seu enviado especial Steve Witkoff e ao seu genro Jared Kushner, e garantiu que as negociações com o grupo islamita palestiniano "estão a correr bem".
"Tenho falado com a nossa equipa no Médio Oriente sobre um possível acordo de paz. Estamos numa fase ótima, esperamos que se torne realidade, mas estamos muito perto, estão muito bem", insistiu.
Antes, em declarações aos jornalistas, o secretário de Estado Marco Rubio afirmou que houve "muitos progressos" no sentido de um acordo e disse estar otimista, embora tenha avisado que "ainda há trabalho a fazer".
"Estamos a receber relatos muito positivos há cerca de uma hora. Penso que já está escuro lá, mas acreditamos que fizemos muitos progressos hoje, embora ainda haja trabalho a fazer", apontou Rubio à saída de um almoço com senadores republicanos.
Também hoje à tarde Hakan Fidan, chefe da diplomacia da Turquia, um dos países que está a mediar conversações de paz entre Hamas e Israel, disse que as partes estão prestes a alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Os primeiros pontos do plano incluem o fim da ofensiva israelita em Gaza e a libertação, no prazo de 72 horas, de todos os reféns do Hamas, vivos e mortos.
O plano de Trump inclui ainda o desarmamento do Hamas, a retirada de Israel do enclave, a formação de um governo de transição na Faixa de Gaza e, a longo prazo, eventuais negociações para a criação de um Estado palestiniano - uma opção, no entanto, que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afastou.
O Hamas disse concordar com alguns dos pontos e que queria negociar outros, o que está a acontecer desde segunda-feira no Egito, e anunciou que já trocou com Israel listas de detidos a libertar.
A guerra em curso na Faixa de Gaza foi iniciada quando o grupo islamita radical Hamas, que controla este território palestiniano, atacou solo israelita, a 07 de outubro de 2023, provocando 1.200 mortos e fazendo 251 reféns.
A retaliação de Israel já fez mais de 67 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
As Nações Unidas declararam no mês passado uma situação de fome em algumas zonas do enclave.
[Notícia atualizada às 22h10]
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