Procurar

Ex-diretor do FBI afirma-se inocente de falsas declarações em caso que liga Trump à Rússia

O ex-diretor do FBI James Comey afirmou-se hoje inocente de falsas declarações e obstrução da justiça, de foi acusado após investigar alegadas ligações entre a campanha eleitoral em 2016 do Presidente norte-americano, Donald Trump, e a Rússia.

Ex-diretor do FBI afirma-se inocente de falsas declarações em caso que liga Trump à Rússia

© Reuters

Lusa
08/10/2025 16:16 ‧ há 6 horas por Lusa

A declaração de inocência foi apresentada pela equipa de defesa de Comey durante a sua audiência no tribunal federal de Alexandria, Virgínia, onde também solicitou um julgamento com júri, marcado para 05 de janeiro.

 

Alguns manifestantes estavam à porta do tribunal, segurando cartazes onde se lia "supressão da oposição", "acusações fabricadas" e "julgamento-espetáculo".

O ex-diretor da polícia federal foi abruptamente demitido por Donald Trump em 2017, durante o primeiro mandato do político republicano, quando o FBI investigava uma possível interferência russa na campanha presidencial de 2016.

Desde então, Comey tem sido um dos alvos da retaliação do líder da Casa Branca.

Em setembro, Donald Trump pressionou publicamente a procuradora-geral, Pam Bondi, manifestando surpresa na sua plataforma Truth Social pelo facto de James Comey ainda não ter sido acusado.

De seguida, fez pressão no sentido da demissão da procuradora para o Distrito Leste da Virgínia, criticando-a pela sua falta de zelo no assunto, e rapidamente substituiu-a por Lindsey Halligan, uma conselheira da Casa Branca.

Esta última iniciou o processo que levou à acusação em 25 de setembro de James Comey, de 64 anos, a propósito do seu depoimento oral ao Senado em setembro de 2020.

Em concreto, é acusado de negar, em resposta à pergunta de um senador, que tinha autorizado o seu adjunto a ser citado anonimamente nos meios de comunicação social sobre investigações delicadas conduzidas pelo FBI.

Donald Trump celebrou na Truth Social o anúncio da acusação de James Comey, que considera "um dos piores seres humanos" que o país já conheceu.

Desde o seu regresso ao poder, em janeiro passado, as autoridades norte-americanas abriram várias investigações contra indivíduos considerados hostis à atual administração.

No dia seguinte à acusação de James Comey, o Presidente norte-americano emitiu um novo apelo ao Departamento de Justiça para processar aqueles que considerava seus inimigos, acreditando que "haveria outros".

Os seus alvos incluem o ex-diretor da CIA John Brennan, que tinha denunciado "conluio" entre o círculo próximo de Trump e a Rússia, e a procuradora-geral do estado de Nova Iorque, Letitia James, que o multou em quase 500 milhões de dólares (430 milhões de euros) antes do seu regresso à Casa Branca num caso de fraude.

"Não tenho medo", reagiu James Comey após a sua acusação, acrescentando: "A minha família e eu sabemos há anos o custo de nos opormos a Donald Trump".

O ex-diretor do FBI fez ainda um apelo para que as pessoas não vivam "de joelhos" perante o Presidente norte-americano e expressou confiança no sistema de justiça federal.

Após a destituição de Comey, a investigação sobre a interferência russa foi confiada ao procurador especial Robert Mueller, o seu antecessor como chefe do FBI.

No seu relatório de 2019, Mueller concluiu que não havia provas suficientes de conluio entre Moscovo e a equipa de Donald Trump, mas observou uma série de pressões preocupantes exercidas pelo Presidente na sua investigação.

Leia Também: Trump "espera" novas acusações judiciais a adversários com ex-diretor do FBI

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10