"As tropas israelitas continuam a realizar operações na cidade de Gaza, e é extremamente perigoso regressar. Para vossa segurança, evitem voltar para o norte ou aproximar-se das áreas onde as tropas estão ativas, incluindo no sul da Faixa de Gaza", afirmou o porta-voz do exército, Avichay Adraee, através da rede social X.
Este alerta surge após meios israelitas reportarem hoje que o exército terá mudado o caráter das suas operações na Faixa de Gaza para "defensivo", seguindo instruções do governo israelita.
A alegada alteração operacional terá ocorrido depois de vários ataques no território palestiniano, durante a madrugada de hoje, que fizeram pelo menos nove mortos, entre os quais três crianças, e vários feridos.
Os ataques ocorreram após o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter pedido a Israel que cessasse os bombardeamentos, na sequência do anúncio do Hamas de estar disponível para libertar todos os reféns, de acordo com o plano de Trump, e de ter pedido "negociações imediatas através de mediadores" para discutir os detalhes do projeto.
Já hoje, um dirigente do Hamas declarou que o movimento islamita palestiniano está pronto para iniciar imediatamente negociações para resolver "todas as questões" relacionadas com o plano de Donald Trump para o fim da guerra em Gaza.
"O Hamas informou os mediadores de que está disponível para começar imediatamente a implementação da troca" de reféns retidos em Gaza por prisioneiros palestinianos, "assim que for concluído um acordo para preparar as condições no terreno", afirmou à AFP um alto responsável sob anonimato.
Entretanto, também a Jihad Islâmica palestiniana anunciou que apoia a resposta do grupo islamita Hamas ao plano norte-americano para Gaza, que este último endossou com a condição de abrir antes um período de negociações sobre alguns dos seus aspetos.
A resposta dada pelo Hamas ao plano do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "é uma expressão da posição das forças de resistência palestinianas", afirmou a milícia em comunicado divulgado nos seus canais.
"O movimento da Jihad Islâmica na Palestina participou com responsabilidade nas consultas que levaram à adoção desta decisão", acrescentou.
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