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Corpo de espanhola morta na Indonésia foi mudado de sítio várias vezes

O corpo de Mati, a espanhola de 72 anos assassinada por dois homens num hotel da Indonésia, foi mudado de sítio quatro vezes antes de ser enterrado numa praia.

Corpo de espanhola morta na Indonésia foi mudado de sítio várias vezes

© Reprodução/X

Márcia Guímaro Rodrigues
04/09/2025 14:33 ‧ há 18 horas por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Indonésia/Eleições

O corpo de Matilde Muñoz, a turista de espanhola de 72 anos assassinada durante um alegado assalto num hotel, na ilha de Lombok, na Indonésia, foi mudado de lugar várias vezes até ser encontrado pelas autoridades.

 

O cadáver de María Matilde Muñoz Carzola, conhecida como Mati, foi encontrado, no sábado passado, enterrado numa praia localizada a cerca de 500 metros do hotel onde estava hospedada, cerca de dois meses após ter sido dada como desaparecida.

Segundo a Polícia de Lombok Ocidental, citada pela estação espanhola Telecinco, os suspeitos revelaram que o corpo de Mati foi primeiro transferido do seu bungalow no hotel Bumi Aditya, na zona de Senggigi, para a divisão do gerador do hotel, onde permaneceu durante quatro dias. 

Depois, o corpo foi colocado nas traseiras do hotel e em agosto foi levado para um terreno baldio fora do hotel.

De acordo com a polícia, "os restos mortais da vítima foram transferidos e enterrados na praia" a 24 de agosto, já depois de as autoridades começarem a investigar o desaparecimento. 

A autópsia foi realizada esta quinta-feira num hospital de Lombok, mas os resultados preliminares ainda não foram divulgados.

No sábado, dois homens, um funcionário e um ex-funcionário do hotel, de 30 e 34 anos, foram detidos pelos crimes de "homicídio qualificado e roubo com violência". Segundo a polícia, ambos confessaram o crime e a mulher terá morrido asfixiada. 

Suspeitos de matar espanhola na Indonésia acusam-se mutuamente

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O corpo da espanhola Matilde Muñoz, de 72 anos, foi encontrado enterrado numa praia da ilha de Lombok, na Indonésia, cerca de dois meses após ter desaparecido. Dois homens, de 30 e 34 anos, foram detidos.

Márcia Guímaro Rodrigues | 09:50 - 01/09/2025

Apesar de os dois homens terem confessado o crime, a família de Mati acredita que há mais envolvidos. "Não são só os dois. Há mais pessoas envolvidas, acreditamos firmemente que sim", disse o sobrinho, Ignacio Vilariño, à agência de notícias espanhola Efe. 

Antes de o corpo ser encontrado, a família já tinha considerado estar em causa um "crime clássico" e pediu às autoridades da Indonésia e à Interpol para intensificarem as investigações e ouvirem os funcionários do hotel onde estava hospedada, acreditando que estavam "envolvidos em tudo". 

Segundo Vilariño, os funcionários e gerentes do hotel apresentaram contradições "tão evidentes que não deixam margem para dúvidas" de um possível envolvimento.

Na altura em que o desaparecimento foi denunciado, em meados de agosto, Nurmala Hayati, contabilista do alojamento, explicou que a espanhola deu entrada pela primeira vez no hotel por volta de "12 de junho" e que "prolongou a sua estadia" no estabelecimento a 2 de julho até ao dia 20 desse mês. A mulher pagou antecipadamente e disse que "ia para a praia". 

"Depois disso, nunca mais a vi", disse à Efe.

"A 5 de julho, o pessoal do hotel disse-me que Matilde não tinha voltado desde 2 de julho. Enviei-lhe uma mensagem pelo WhatsApp, mas ela não a recebeu. Foi só no dia 6 [de julho] que ela respondeu a dizer que estava em Laos. Não lhe mandei mais mensagens", acrescentou Hayati.

No entanto, segundo o sobrinho, a mensagem enviada para o hotel continha erros ortográficos graves, que eram "atípicos dela". Uma mensagem semelhante foi enviada para o seu grupo de amigos, mas a família acredita que possa ser um álibi para os envolvidos.

Leia Também: Espanhola desaparecida na Indonésia foi assassinada. Criminosos confessam

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