Há novos detalhes em torno do caso de Matilde Muñoz, turista espanhola que estava desaparecida há dois meses, na Indonésia, e cujo corpo foi encontrado numa praia da ilha de Lombok, este sábado. Sabe-se agora que os dois homens detidos, de 30 e 34 anos, confessaram que tinham a intenção de roubar os pertences da septuagenária.
Recorde-se que as autoridades confirmaram que o corpo da mulher, de 72 anos, estava enterrado numa praia de Senggigi, onde fica o hotel no qual a espanhola estava hospedada. Além disso, confirmaram que estava em curso uma investigação criminal e que duas pessoas tinham sido detidas.
Num comunicado divulgado posteriormente, e citado pela imprensa espanhola, a Polícia de Lombok Ocidental adiantou a idade dos suspeitos, que são acusados de "homicídio qualificado e roubo com violência".
Ambos confessaram o crime.
"Os dois admitiram ter planeado o assassínio da vítima", refere a nota. Os homens entraram "no quarto da vítima através de uma janela" e tinham o objetivo de lhe "roubar os pertences".
Matilde Muñoz foi asfixiada.
Recorde-se que a mulher desapareceu em julho, mas a investigação só arrancou em 13 de agosto, depois de a Embaixada de Espanha ter solicitado ajuda. O primeiro alerta foi dado por uma amiga, identificada como Olga Marín Calonge, na esquadra de Sant Feliu de Guixols, em Gerona, no dia 28 de julho.
Os funcionários do hotel em que a mulher estava hospedada, na zona costeira ocidental de Senggigi, viriam a indicar, afinal, que a idosa não era vista desde o início de julho, e que lhes enviou uma mensagem a dizer que estava no Laos no dia 6 de julho, o que foi desmentido pelas autoridades de imigração indonésias.
Ignacio Vilariño, sobrinho de Mati, disse à Europa Press estar em causa um "crime clássico" e pediu às autoridades da Indonésia e à Interpol para intensificarem as investigações.
É que, de acordo com o familiar, a mensagem enviada para o hotel continha erros ortográficos graves, que eram "atípicos dela". Uma mensagem semelhante foi enviada para o seu grupo de amigos.
María Matilde Muñoz Cazorla era reformada e passava longas temporadas a viajar pela Ásia. Tinha chegado à ilha de Lombok em junho.
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