O presidente russo, Vladimir Putin, convidou o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, para visitar a Rússia, após uma reunião, esta terça-feira, em Pequim, onde participaram numa parada militar que assinalou o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico.
Depois de concluída a reunião, Putin acompanhou Kim Jong-u até ao carro.
"Até breve", disse o líder norte-coreano, dirigindo-se a Putin através de um tradutor, segundo avança a agência estatal russa TASS.
"Sim, estamos à sua espera; venha", respondeu Putin.
Sabe-se ainda que Kim Jong-un desejou saúde e sucesso no trabalho a Putin, que retribuiu as palavras: "Igualmente", disse o presidente russo.
De realçar que os líderes reuniram-se hoje em Pequim para conversações bilaterais.
O encontro decorreu na casa de hóspedes de Diaoyutai, após uma receção oficial.
Perante jornalistas, no início da reunião, Putin elogiou a bravura e o heroísmo dos soldados norte-coreanos que, segundo afirmou, combateram ao lado das tropas russas para repelir uma incursão ucraniana na região fronteiriça de Kursk, no oeste da Rússia.
De acordo com avaliações das autoridades sul-coreanas, Pyongyang terá enviado cerca de 15 mil soldados para a Rússia desde o ano passado, além de grandes quantidades de equipamento militar, incluindo mísseis balísticos e artilharia, para apoiar a invasão russa da Ucrânia, que entra agora no terceiro ano.
Na sua intervenção inicial, Kim afirmou que a cooperação entre os dois países se "fortaleceu significativamente" desde a assinatura de um pacto de parceria estratégica em junho do ano passado, durante uma cimeira em Pyongyang.
Sem referir diretamente a guerra na Ucrânia, o líder norte-coreano sublinhou: "se houver algo que possa fazer por si e pelo povo da Rússia, se houver mais que precise de ser feito, considerarei isso um dever fraternal, uma obrigação que devemos certamente assumir, e estarei preparado para fazer tudo o que for possível para ajudar".
Note-se que a parada militar, em Pequim, juntou o presidente chinês, Xi Jinping, e Putin e Kim Jong-un. Durante o desfile, o presidente norte-americano, Donald Trump, fez questão de se pronunciar, dirigindo-se a Xi "Transmita os meus calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto conspiram contra os Estados Unidos da América".
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