O encontro decorreu na casa de hóspedes de Diaoyutai, após uma receção oficial, tendo os dois líderes viajado juntos até ao local das negociações no mesmo automóvel, segundo o Kremlin.
Perante jornalistas, no início da reunião, Putin elogiou a bravura e o heroísmo dos soldados norte-coreanos que, segundo afirmou, combateram ao lado das tropas russas para repelir uma incursão ucraniana na região fronteiriça de Kursk, no oeste da Rússia.
De acordo com avaliações das autoridades sul-coreanas, Pyongyang terá enviado cerca de 15 mil soldados para a Rússia desde o ano passado, além de grandes quantidades de equipamento militar, incluindo mísseis balísticos e artilharia, para apoiar a invasão russa da Ucrânia, que entra agora no terceiro ano.
Na sua intervenção inicial, Kim afirmou que a cooperação entre os dois países se "fortaleceu significativamente" desde a assinatura de um pacto de parceria estratégica em junho do ano passado, durante uma cimeira em Pyongyang.
Sem referir diretamente a guerra na Ucrânia, o líder norte-coreano sublinhou: "se houver algo que possa fazer por si e pelo povo da Rússia, se houver mais que precise de ser feito, considerarei isso um dever fraternal, uma obrigação que devemos certamente assumir, e estarei preparado para fazer tudo o que for possível para ajudar".
Observadores aguardam para ver se Kim se reunirá também bilateralmente com o Presidente chinês, Xi Jinping, ou se realizará um encontro trilateral privado com Xi e Putin, embora nenhum dos três países tenha confirmado tal evento.
[Notícia atualizada às 08h36]
Leia Também: Trump acusa Xi de "conspirar contra EUA" juntamente com Rússia e Coreia