Trump informou que - além do imposto de 25%, que entrará em vigor na sexta-feira, sobre todos os produtos fabricados na Índia que entrem no território norte-americano - seria acrescentada uma penalização devido à compra de petróleo e armas russas por parte das autoridades indianas.
O Governo da Índia disse que "tomou nota" do anúncio de Trump, que surgiu dois dias antes do prazo estabelecido pelo próprio Presidente norte-americano, referindo ainda que está a analisar as implicações das condições.
"A Índia e os Estados Unidos estão envolvidos em negociações para concluir um acordo comercial bilateral justo, equilibrado e mutuamente benéfico. Continuamos empenhados neste objetivo", afirmou o Governo indiano, em comunicado.
"O Governo tomará todas as medidas necessárias para proteger os nossos interesses nacionais, como tem sido o caso com outros acordos comerciais, incluindo o mais recente e abrangente Acordo de Parceria Económica e Comercial com o Reino Unido", indicaram ainda as autoridades indianas.
Em abril, Trump tinha anunciado novas taxas alfandegárias de 26%, antes de suspender a sua entrada em vigor. Até agora, a taxa básica para os produtos indianos exportados para os Estados Unidos (EUA) era de 10%.
O país mais populoso do mundo --- com 1,4 mil milhões de habitantes --- foi uma das primeiras grandes potências económicas a iniciar, há vários meses, extensas negociações comerciais com o Governo norte-americano, cuja primeira parte deveria estar finalizada em outubro.
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