"O Governo brasileiro saúda o anúncio do Presidente Emmanuel Macron, em 24 de julho, do reconhecimento pela França do Estado da Palestina", destacou o Ministério das Relações Exteriores brasileiro num comunicado.
"O Brasil exorta todas as demais nações que ainda não o fizeram a reconhecer a Palestina como Estado soberano e insta todos os países a trabalhar por seu ingresso como membro pleno nas Nações Unidas", acrescentou.
A nota da diplomacia brasileira também reforçou a defesa de que a solução para os conflitos entre israelitas e palestinianos será alcançada com a criação de dois Estados, "com um Estado da Palestina independente e viável, convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital".
Na quinta-feira, Macron anunciou que a França reconhecerá o Estado palestiniano em setembro próximo, de acordo com uma carta enviada ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que provocou indignação em Israel.
"Fiel ao seu compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Médio Oriente, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina", anunciou Macron numa rede social, onde partilhou a carta enviada ao líder palestiniano.
Além disso, o Governo brasileiro anunciou, quarta-feira, que está na "fase final" do processo para aderir formalmente à ação que a África do Sul moveu contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça por genocídio.
O Brasil condenou os ataques do Hamas contra Israel, que deixaram 1.200 mortos e mais de 250 reféns, desencadeando o conflito atual em outubro de 2023. No entanto, também criticou duramente a resposta do Estado judaico, que levou à morte de quase 60.000 pessoas em Gaza.
Leia Também: Israel/Palestina: China reafirma apoio à solução de dois Estados