O Governo chinês defendeu hoje que a "única opção realista" para resolver o conflito entre Israel e Palestina é a solução de dois Estados e manifestou apoio à reunião de alto nível que terá lugar na próxima semana nas Nações Unidas.
"O assunto palestiniano está no núcleo da questão do Médio Oriente. A solução de dois Estados continua a ser a única via realista para resolver o conflito", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, em conferência de imprensa.
Guo reagia ao anúncio do Presidente francês, Emmanuel Macron, de que França reconhecerá formalmente o Estado palestiniano em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU.
A China "apoia a realização da reunião de alto nível na ONU sobre a aplicação da solução de dois Estados" e continuará a trabalhar com a comunidade internacional "para pôr fim ao conflito em Gaza, aliviar a crise humanitária e avançar para a implementação do enquadramento de dois Estados", acrescentou.
O porta-voz reiterou que Pequim defende uma solução "abrangente, justa e duradoura" para a questão palestiniana.
O anúncio de Macron gerou reações divergentes: Israel condenou a decisão por considerar que "recompensa o terrorismo", enquanto os Estados Unidos a classificaram como "irresponsável" e prejudicial para a paz.
Já o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, saudou a decisão francesa, afirmando que reforça o reconhecimento europeu da Palestina, e o grupo islamita Hamas considerou a medida "positiva e na direção correta".
A China tem mantido historicamente uma posição favorável ao reconhecimento do Estado palestiniano e defende uma solução diplomática que garanta os direitos de ambas as partes.
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