As forças Hutis, que controlam grandes partes do país, realizaram uma operação contra o aeroporto Ben Gurion, "usando um míssil balístico hipersónico", afirmou o porta-voz militar do Iémen, Yahya Saree, em comunicado.
O exército israelita afirmou hoje ter intercetado um míssil lançado do Iémen, onde, na segunda-feira, Israel conduziu ataques contra um porto controlado pelos rebeldes Hutis.
"Na sequência dos alarmes que soaram recentemente em várias zonas de Israel, um míssil lançado a partir do Iémen foi intercetado", declarou o exército israelita na plataforma Telegram.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, anunciou na segunda-feira que os ataques tinham como objetivo "alvos terroristas" dos Hutis no porto de Hodeida, um dos mais importantes do Iémen, localizado no oeste do país, no mar Vermelho.
"O destino do Iémen será o mesmo que o de Teerão", advertiu, em alusão à guerra de 12 dias desencadeada a 13 de junho por um ataque israelita contra o Irão.
Um responsável huti, que não se quis identificar, afirmou à agência France-Presse que os ataques de segunda-feira destruíram "um cais que tinha sido reconstruído após um bombardeamento anterior".
Os Hutis, que controlam a capital Sanaa e outras partes do Iémen, país em guerra desde 2014, fazem parte da aliança contra Israel criada por Teerão, que inclui outros grupos como o Hezbollah no Líbano e o Hamas palestiniano.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro de 2023, os rebeldes lançam regularmente mísseis contra Israel, a maioria dos quais é intercetada antes de entrar no espaço aéreo israelita.
Os Hutis também atacaram navios que consideram estar ligados a Israel, afirmando agir em solidariedade com os palestinianos.
Em resposta, Israel bombardeou várias vezes infraestruturas sob o controlo huthi, nomeadamente o porto de Hodeida, já alvo de um ataque a 07 de julho.
As ameaças israelitas fazem temer uma escalada contra o Iémen, o país mais pobre da Península Arábica.
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