"Expressando a sua profunda preocupação com a recente vaga de violência na Síria, os dois líderes sublinharam a importância da rápida estabilização da situação através do diálogo e do reforço da coesão nacional", afirmou o Kremlin (presidência russa) num comunicado.
A província de Sweida, no sul da Síria, foi palco de confrontos sangrentos entre tribos beduínas e fações drusas, cujas tensões são antigas.
A província é controlada por uma maioria drusa, uma minoria religiosa que está presente na Síria, mas também no Líbano e em Israel.
As novas forças governamentais da Síria enviaram reforços para repor a segurança na região e assumiram o controlo de várias localidades, mas acabaram por se retirar após ataques aéreos israelitas (realizados sob o argumento da defesa da minoria drusa) e um cessar-fogo acordado na quarta-feira.
Do lado de Ancara, e após o telefonema com Putin, a presidência turca indicou que Erdogan reconheceu que estes novos confrontos armados ameaçam a paz na região.
Segundo a mesma fonte, Erdogan explicou a Putin que os combates, após a retirada das forças de segurança sírias de Sweida, "criam uma ameaça para toda a região", acrescentando que, na sua opinião, é essencial que Israel não viole a soberania síria.
Nos últimos dias, Ancara manifestou-se a favor do apoio ao envio de tropas oficiais do Governo sírio para Sweida, uma decisão a que os grupos drusos se opuseram no passado.
Após a queda do regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, em dezembro, surgiram preocupações quanto ao destino das minorias étnicas no país sob o novo Governo de transição sírio, liderado por Ahmad al-Sharaa, um antigo líder rebelde islamita.
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