Ivanov tinha sido detido em abril de 2024 por suspeitas de corrupção enquanto ocupava o cargo de vice-ministro da Defesa (2016-2024), num período em que era o principal responsável pelas infraestruturas militares russas.
O juiz Sergei Podoprigorov anunciou que Ivanov tinha sido condenado a "13 anos de prisão numa colónia regular" e a uma "multa de 100 milhões de rublos" (cerca de um milhão de euros), de acordo com a agência russa TASS.
Na semana passada, o Ministério Público tinha pedido 14 anos e meio de prisão para o número dois do antigo ministro, Serguei Shoigu, que foi responsável pela Defesa durante os primeiros anos da guerra na Ucrânia.
Ivanov foi acusado num processo de corrupção por desvio de fundos no valor de mais de 216 milhões de rublos (cerca de 2,3 milhões de euros ao câmbio atual), relacionado com a compra de dois ferries no Estreito de Kerch e com o levantamento de mais de 3,9 mil milhões de rublos do banco Interkommerts.
Além disso, está pendente um segundo julgamento em que é acusado de ter recebido dois subornos no valor total de 1,3 mil milhões de rublos (mais de 14 milhões de euros), em que os empresários que pagaram os subornos confessaram o seu crime.
Vários oficiais de alta patente russos têm sido acusados e julgados por crimes de corrupção desde 2024, sendo Timur Ivanov um dos casos mais destacados
Ivanov declarou-se inocente desde o início do julgamento.
Mais de uma dezena de altos oficiais militares foram detidos no âmbito da maior 'purga' do exército russo dos últimos anos, que começou em abril de 2024.
Na sequência da reeleição do Presidente Vladimir Putin em 2024, foi lançada uma ação de repressão contra os comandantes militares russos e outros altos funcionários russos por corrupção, o que implicou uma importante reestruturação do Ministério da Defesa.
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