Jovem venezuelana condenada por criticar governo nas redes sociais

Uma jovem de 25 anos foi condenada a 10 anos de prisão na Venezuela por publicar um comentário crítico sobre o programa governamental de distribuição de produtos a preços subsidiados, avançou hoje a imprensa venezuelana.

Merlys Oropeza ; Venezuela ; Condenada

© Redes sociais

Lusa
27/06/2025 18:45 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Merlys Oropeza

Segundo o diário El Nacional, a jovem, identificada como Merlys Oropeza, foi declarada culpada do crime de incitação ao ódio por um tribunal de Maturín, uma sentença que é tida como "desproporcionada e que tem gerado polémica na opinião pública" local.

 

A mensagem escrita pela jovem fazia referência ao programa de ajuda alimentar do Governo liderado pelo Presidente Nicolás Maduro e foi publicada em agosto de 2024, pouco depois das contestadas eleições presidenciais de julho, cujos resultados a oposição venezuelana não reconhece.

O tribunal emitiu a sentença no passado dia 18 de junho, mas só agora foi conhecida após a divulgação de uma carta da jovem, na qual Merlys Oropeza relata aos pais a sua angústia e desespero ao sentir-se presa entre quatro paredes, afirmando ser "incapaz de dar sentido à situação e estar sem forças para continuar em frente".

Segundo a organização não-governamental (ONG) Programa Venezuelano de Ação e Educação em Direitos Humanos (Provea), durante a repressão após as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, "pelo menos 2.400 pessoas foram detidas em apenas 16 dias", entre elas "293 mulheres" das quais "92 continuam presas por motivos políticos, muitas delas num sistema desenhado para as esquecer".

A ONU acusou recentemente o Estado venezuelano de manter as mulheres detidas em "condições desumanas" e de não cumprir regras do direito internacional e dos direitos humanos.

"As mulheres presas na Venezuela sobrevivem em condições desumanas: amontoadas, sem acesso regular a água potável, cuidados médicos especializados ou produtos para uma menstruação com dignidade", denunciou a Provea na sua conta na rede social X, precisando que "as famílias suportam tudo: comida, analgésicos, pensos higiénicos, água para beber e para higiene pessoal".

"O Estado venezuelano desinteressa-se completamente, inclusive do mais básico", sublinhou a organização.

Leia Também: Venezuelanos superam portugueses como maior comunidade no Brasil

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