O secretário-geral da NATO defendeu hoje que "não há alternativa" a investir 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da defesa e considerou que os políticos "têm de fazer escolhas na escassez".
"É verdade, os países têm de arranjar o dinheiro [para investir]. Não é fácil, são necessárias decisões políticas, reconheço isso. Em simultâneo, há a convicção absoluta de que, dada a ameaça apresentada pela Rússia, dada a situação internacional securitária, não há alternativa", disse Mark Rutte, à entrada para a cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Haia, nos Países Baixos.
O secretário-geral da NATO reconheceu que ainda há nove países que só alcançarão os 2% de investimento do PIB em defesa no final de 2025, mas rejeitou que a recusa de Espanha em ir além desta percentagem quebre a unidade da organização político-militar.
"Não estou preocupado com isso. Claro que é uma decisão difícil, mas vamos ser honestos: os políticos têm de fazer escolhas na escassez", comentou.
Os chefes de Estado e de Governo dos 32 países que compõem a NATO encontram-se hoje em Haia para firmar um acordo de investimento para a próxima década, em princípio, que deverá fixar a meta de dedicar 5% do PIB à defesa (3,5% de investimento direto e 1,5% em projetos civis que também podem ter uma utilização militar).
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse no fim de semana que não iria além de 2,1% do PIB, mas Mark Rutte considerou que não há isenções de qualquer país.
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