Starmer e Zelensky anunciam reforço de cooperação militar: "Avanço"

O primeiro-ministro britânico anunciou hoje um acordo que reforça a cooperação militar com a Ucrânia, numa visita a Londres do Presidente ucraniano, em que este almoçou com o rei Carlos III.

Starmer, Zelensky

© Getty Images

Lusa
23/06/2025 19:57 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Estou muito orgulhoso de anunciar esta tarde um acordo de coprodução militar industrial, o primeiro do género para a Ucrânia e o Reino Unido", declarou Keir Starmer ao lado de Volodymyr Zelensky, durante um encontro com soldados nos jardins da residência oficial de Downing Street.

 

O chefe de Governo britânico saudou um "avanço importante" para apoiar a Ucrânia, em guerra há mais de três anos com a Rússia, sem fornecer mais pormenores sobre o conteúdo do acordo.

Este inscreve-se no âmbito da "parceria histórica" de segurança por 100 anos entre Kyiv e Londres, assinada em janeiro deste ano, para, nomeadamente, reforçar a cooperação em matéria de defesa e de segurança marítima.

Este acordo vai "fortalecer as duas nações", afirmou Zelensky, saudando igualmente a importância da "partilha de conhecimentos e experiências" no âmbito da operação Interflex, um programa que permitiu treinar mais de 54.000 soldados ucranianos no Reino Unido.

A visita do Presidente ucraniano ao Reino Unido ocorre na véspera de uma cimeira da NATO, em Haia, nos Países Baixos, e após um novo ataque aéreo russo que matou pelo menos oito civis em Kyiv e na região durante a noite.

Antes de Downing Street, Zelensky foi recebido para almoçar pelo rei Carlos III, no castelo de Windsor.

"O Presidente ucraniano visitou o rei esta tarde e ficou para almoçar", disse o Palácio de Buckingham num comunicado, sem divulgar o conteúdo das conversas.

No início de março, Zelensky já tinha sido recebido por Carlos III na residência real de Norfolk, no leste de Inglaterra, dois dias após a discussão com o Presidente norte-americano, Donald Trump, na Sala Oval, em Washington.

O Reino Unido é um dos principais apoiantes militares da Ucrânia desde o início da guerra, fornecendo nomeadamente ao Exército ucraniano mísseis de cruzeiro Storm Shadow, utilizados por Kyiv para atingir alvos militares e energéticos em território russo.

Londres disponibilizou 18 mil milhões de libras (21 mil milhões de euros) em ajuda militar e civil à Ucrânia desde a invasão russa, em fevereiro de 2022, segundo o Governo britânico.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado, em ofensivas com drones (aeronaves não-tripuladas), alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.

No plano diplomático, as conversações entre Moscovo e Kyiv estão num impasse, apesar da pressão dos Estados Unidos. A última reunião entre as duas partes realizou-se há quase três semanas e não está, por enquanto, prevista qualquer outra.

A Ucrânia pede aos aliados garantias sólidas de segurança, para evitar que Moscovo volte a atacar, ao passo que a Rússia quer uma "Ucrânia desmilitarizada" e que entregue os territórios que a Rússia afirma ter anexado, o que Kyiv considera inaceitável.

Leia Também: França, Alemanha e Reino Unido pedem contenção ao Irão

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